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PM e Vigilância Sanitária desmantelam clínica após denúncias

Denúncias incluem agressões, estupro e cárcere privado

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Uma operação conjunta entre a Polícia Militar de Tanabi, a Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo e a Vigilância Sanitária Municipal resultou na prisão do responsável por uma clínica de reabilitação no bairro José Onha, em Tanabi. A ação, realizada na terça-feira (25), foi motivada por denúncias de maus-tratos, agressões físicas e um suposto caso de estupro coletivo envolvendo internos.

Segundo o boletim da Polícia Militar, ao chegar na clínica, as equipes foram abordadas por vários internos que relataram diversas irregularidades, como agressões físicas por parte de funcionários, uso irregular de medicamentos, condições de alimentação e moradia precárias, e até mesmo situações de cárcere privado. Um dos internos, que alegava não conseguir andar devido a agressões, precisou ser socorrido pela equipe do Corpo de Bombeiros.

Já o boletim da Polícia Civil de Tanabi descreveu o local como insalubre, onde os alojamentos eram infestados de percevejos e baratas, com alimentação insuficiente e sem cardápio adequado. Os quartos estavam em condições deploráveis, com excesso de leitos, ventiladores quebrados e infiltrações. Além disso, os internos viviam dopados com psicotrópicos, em um estado de vulnerabilidade extrema, sem acesso a cuidados médicos adequados. A situação era agravada pela presença de idosos, o que exigiria atenção especial conforme o Estatuto do Idoso.

Os relatos indicam que os internos eram mantidos contra a vontade, sendo tratados como um “depósito de pessoas humanas”, em condições desumanas. A Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo e de Tanabi iniciaram o processo de interdição total da clínica, com a Secretaria de Assistência Social de Tanabi sendo responsável pelo encaminhamento dos internos para outras unidades de apoio. A Secretaria de Saúde também acompanha os casos clínicos.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o responsável pelo estabelecimento foi preso em flagrante e responderá pelos crimes de cárcere privado e maus-tratos.

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