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Civil prende integrantes de organização criminosa especializada em golpes

Pessoas de outras nacionalidades, além de brasileiros, estão envolvidas nos crimes

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Divulgação/Polícia Civil

A Deic/Deinter 5, por meio do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), prendeu nesta quinta-feira (20) três integrantes de uma organização criminosa, especializada em fraudes eletrônicas. As ações são parte de operação iniciada entre os dias 11 e 20 de março de 2025, a ‘Operação Firewall’. O grupo criminoso já fez cerca de 100 vítimas no estado de São Paulo, que, somadas, perderam valores que ultrapassam os R$ 5 milhões.

Dentre os integrantes identificados e detidos estavam os chamados ‘chipeiros’, responsáveis pelo cadastramento fraudulento de linhas telefônicas; ‘conteiros’, que recebiam os valores obtidos ilegalmente; e ‘movimentadores financeiros’, encarregados da dispersão dos recursos ilícitos para dificultar o rastreamento e garantir a obtenção das vantagens indevidas.

Com diligências realizadas em São Paulo, Osasco e Mogi das Cruzes, além de Belo Horizonte e Confins (MG), os trabalhos culminaram no cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão e na prisão dos três envolvidos citados, sendo dois em caráter temporário e um em flagrante.

As investigações conduzidas pelo Seccold revelaram que o grupo criminoso atuava de forma organizada, contando com estrutura hierárquica bem definida e divisão de funções específicas, inclusive, com indicativos de envolvimento de pessoas de outras nacionalidades, tais como peruanos, venezuelanos e chineses.

Agentes buscam identificar, ainda, os ‘golpistas’, que entravam em contato com as vítimas, e os ‘mentores intelectuais’, os principais beneficiários do esquema criminoso. Durante as buscas, foram apreendidos computadores, celulares, chips telefônicos, cartões bancários, diversos documentos, dinheiro em espécie e arma de fogo que confirmam o envolvimento dos suspeitos e trazem novos elementos que vão auxiliar na identificação de outros integrantes da organização criminosa.

As investigações continuam em andamento, visando não apenas identificar outros integrantes da organização criminosa, mas também recuperar valores pulverizados em prejuízo às Vítimas.

O golpe

O golpe do falso investimento é praticado por meio da captação de vítimas por meio de anúncios em redes sociais, que prometem investimentos com alta rentabilidade. Ao clicar no anúncio, a vítima é direcionada para um grupo de WhatsApp, onde falsos investidores e supostos professores de investimentos interagem para criar um ambiente de credibilidade.

Convencida pela simulação de um grupo legítimo, a vítima é induzida a realizar um cadastro em um aplicativo vinculado a suposta corretora de investimentos. A partir desse cadastro, ela recebe instruções para realizar transferências via Pix para contas de pessoas jurídicas que utilizam denominações sugestivas de fundos de investimento, passando a falsa impressão de que os valores estão sendo aplicados de forma legítima.

No entanto, essas empresas são constituídas fraudulentamente em nome de terceiros, servindo apenas como instrumento para a prática do golpe. Os valores transferidos são rapidamente pulverizados na rede bancária, em prejuízo às vítimas, que não conseguem ‘resgatar’ os ‘investimentos’. (Com informações da Polícia Civil)

 


Foto: Divulgação/Polícia Civil

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