Em Rio Preto, vizinho evita roubo, mas idosa é agredida na cabeça

Uma pensionista de 66 anos foi agredida durante uma tentativa de roubo no Parque das Amoras, em Rio Preto. De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado nesta quarta-feira (5), a vítima foi agredida violentamente pelo suspeito, que fugiu quando um vizinho ouviu os gritos e chegou para ajudá-la.

Na Central de Flagrantes, a rio-pretense relatou “residir sozinha e que no último dia 3, por volta das 10:30h, foi surpreendida dentro de casa, por um homem fazendo sinal para ela não gritar. Inicialmente achou que era uma arma de fogo, porém notou ser um objeto artesanal. Ele viu que percebeu e passou a agredi-la com esse mesmo objeto. Continuou batendo, lhe acertando várias vezes na cabeça e no rosto, causando muito sangramento. Por um tempo perdeu os sentidos, mas ele seguiu chutando-lhe as costelas e ainda tentou enforcá-la”.

Seguiu o depoimento, dizendo que “conseguiu gritar e pedir por socorro. Um outro homem, que aluga uma das quitinetes dela, ouviu os gritos e abriu a porta. Nesse momento, o agressor fugiu sem levar nada. Acredita que ele ficou na casa por cerca de cinco minutos”.

A Polícia Militar foi acionada e os agentes a orientaram a buscar atendimento médico, para depois registrar a ocorrência. Foi levada até a UPA Vila Toninho por uma prima, onde foi medicada e ficou em observação até a madrugada do dia seguinte. De lá, acabou transferida para a Santa Casa para exames como raio-x das costelas e tomografia computadorizada no crânio. Ao menos, não foi constatada nenhuma fratura.

Ao delegado, relatou que “ficou sabendo que moradores das quitinetes avistaram um homem com as mesmas características daquele que tentou roubar a casa dela andando pelas imediações do local dias antes. No sábado, domingo e segunda-feira, pouco antes do ocorrido, recebeu mensagens de WhatsApp [DDD 032], de uma pessoa que disse ter interesse em alugar uma quitinete e que uma pessoa havia indicado o nome dela para alugar o espaço”.

O estranho “pediu o endereço das quitinetes, dizendo que chegaria em Rio Preto de madrugada. O último contato foi por volta das 9h30, cerca de uma hora antes do crime. Porém, o suposto locatário não apareceu e ela não sabe quem ele é e também não faz cadastro dos moradores”.

A rio-pretense preservou as mensagens no celular e garante que deve ter dificuldades em reconhecer o assaltante, já que ele estava de capuz. Acredita, porém, que consegue identificar as características. Informa, também, “que há quatros câmeras na residência, inclusive dentro no cômodo em que o crime ocorreu. Mas, por outro lado, estas câmeras foram manipuladas e estavam viradas para outros locais, não registrando os fatos”.

A idosa recebeu requisição para exame de corpo de delito, a ser realizado no IML e acrescentou que o “assaltante era alto, forte, moreno claro e vestia camiseta cinza e bermuda”. A documentação acabou encaminhada ao distrito policial correspondente a área dos fatos, onde o caso será investigado.