Cidades
‘Farra’ dos golpes por telefone e internet continua diária em Rio Preto
Estelionatários facilmente deixam as vítimas no prejuízo e alguns até zombam das pessoas

Os golpes de estelionatos continuam ocorrendo de maneira diária em Rio Preto. O plantão policial registrou alguns deles nesta segunda-feira (14) e no final de semana. No Parque da Cidadania, uma dona de casa de 67 anos foi enganada pela tática do ‘parente que pede dinheiro no WhatsApp’. De acordo com informações do boletim de ocorrência, ela pensou que falava com a filha e acabou no prejuízo.
Na Central de Flagrantes, relatou que “era por volta de 18h, quando recebeu um contato via mensagens dizendo que era a filha, que tinha trocado de número [DDD 017] e precisava pagar uma conta. Como pensou que realmente fosse a filha, continuou conversando. A ‘filha’ pediu R$ 498 para pagar uma conta. Chegou a questionar, mas, com a ajuda de uma amiga, realizou a transferência”.
Seguiu o depoimento dizendo que “novamente a pessoa solicitou mais dinheiro, agora R$ 680 porque não estava conseguindo pagar uma outra conta. Novamente precisou da ajuda da amiga [não sabe mexer no sistema] e mandou o valor”. Nem a idosa e nem a amiga, no entanto, desconfiaram das contas enviadas terem nomes diferentes da filha, uma delas, inclusive, era de nome masculino.
Por fim, diz que “no dia seguinte conversou com familiares sobre os pedidos da filha, momento em que tomou conhecimento de que tinha caído em um golpe”. A vítima apresentou na delegacia os comprovantes das transações.
Videogame
No Jardim aclimação, um estudante de 16 anos, acompanhado do pai, eletricista de 56, relatou que “viu um anúncio de videogame no ‘Market Place’ do Facebook. Acertaram o preço e o aparelho estava na casa de um primo do ‘vendedor’. Foram até o local, onde encontraram o suposto parente e informaram que foram ver o eletrônico. Gostou do aparelho, fez o Pix de R$ 1,9 mil [para uma conta – aparentemente – de pessoa jurídica]. Após receber a quantia, o criminoso mandou mensagem para ele dizendo que tinha caído em um golpe”, zombando da vítima.
Seguiu o relato dizendo que “questionou o rapaz sobre os fatos e ele afirmou que o ‘vendedor’ tinha falado para que era afilhado e que estava intermediando a compra, mas também acabou bloqueado”.
Violão
Já na Vila Maria, no período da noite, golpe começou com a tentativa da vítima de vender um objeto pela internet. Um polidor de veículos de 22 anos anunciou um violão no mesmo ‘Market Place’ do Facebook. “Uma pessoa entrou em contato e pediu para que ele fizesse o mesmo anúncio também em outro site. O estranho mandou uma foto, que supostamente era o comprovante de pagamento do objeto, no valor de R$ 1.150 mil”.
Em seguida, “depois que atendeu o pedido de fazer outra propaganda, recebeu duas mensagens do referido novo site [números com DDD 011], dizendo que eram representantes desta outra plataforma de comércio eletrônico. Diziam a ele que como era a primeira venda dele no site teria que fazer o pagamento de R$ 820, que depois seria devolvido. Disse que não faria isso e recebeu de volta que o nome dele seria enviado para o Serasa, ficando negativado. Nesse caso, a taxa para sair da negativação seria de cerca de R$ 700”.
Após essa ‘ameaça’, “recebeu um link para o pagamento dos R$ 820. Não ia fazer o pagamento, mas acessou o link enviado, que na verdade era uma artimanha online para copiar o telefone, app, etc, porque ao acessar o aplicativo do banco, havia duas transações realizadas sem o consentimento dele, que totalizaram exatamente os referidos R$ 820. Ao menos, manteve o violão. Enviou reclamação ao banco, que ainda não respondeu sobre o caso e não consegue mais contato com o suposto site de vendas”.
Ele também apresentou os comprovantes das transações ilegais feitas na conta dele.
Cartão
Enquanto isso, no bairro Boa Vista, o problema de uma professora de 60 anos foi um cartão de crédito perdido. Na delegacia, a rio-pretense relatou que “perdeu o objeto e não sabe dizer onde. Ao constatar a perda acessou o aplicativo e verificou que aconteceram movimentações indevidas, onde fizeram cerca de 16 transações de compras, totalizando R$ 1.227,94, sendo que a última no valor de R$ 172 não foi autorizada”.
Seguiu o depoimento, dizendo que “em seguida, imediatamente cancelou o cartão e comunicou o fato à Central de Atendimento, onde foi orientada a registrar a queixa no plantão policial”.
Em todos os casos, as vítimas foram orientadas quanto ao prazo de seis meses que têm direito a processar os estelionatários, prazo este que só passa a valer quando eles forem devidamente identificados. As documentações foram encaminhadas para os respectivos distritos policiais correspondentes as áreas dos fatos, onde os casos serão investigados.
- Cidades1 dia
UFSCar anuncia nove cursos para novo campus em Rio Preto
- Cidades2 dias
Vendedor deixa carro em frente de casa e tem mais de R$ 26 mil de prejuízo
- Cidades2 dias
Vítima de agressões na cabeça não resiste e morre no hospital em Rio Preto
- Nacional2 dias
Minha Casa, Minha Vida doará casas a pessoas em situação de rua