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Fiscalização em Rio Preto gera R$ 100 mil em multas e interdição

Fiscalização em Rio Preto autua nove locais e alerta: peça usada sem rastreio pode estar ligada a furto de veículos. Veja fotos

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Polícia Militar

Uma operação conjunta realizada na manhã da terça-feira (3/6) em Rio Preto vistoriou nove comércios de peças automotivas usadas. A ação reuniu equipes da Polícia Militar, do Detran-SP e da Cetesb, e teve como foco combater irregularidades no setor, especialmente no contexto da Semana Nacional do Meio Ambiente.

O resultado foi a aplicação de 14 autuações que somam aproximadamente R$ 100 mil em multas. Um dos estabelecimentos, que operava sem qualquer tipo de credenciamento, foi lacrado por funcionamento ilegal.

A força-tarefa teve início às 7h30 e envolveu 20 policiais militares, além de dez viaturas. Segundo os órgãos responsáveis, o objetivo era fiscalizar o cumprimento das normas ambientais e administrativas, além de coibir a comercialização de peças sem origem comprovada — prática que pode estar relacionada ao furto e roubo de veículos na região.

Nos oito pontos vistoriados com credenciamento ativo no Detran, foram detectadas infrações como a venda de itens sem rastreabilidade, comércio de componentes de segurança, descarte de sucata fora do prazo legal e armazenamento inadequado de peças, sem as devidas medidas de proteção ambiental. Já o nono local, sem qualquer registro junto ao órgão estadual, foi interditado por atuar fora da lei.

As multas aplicadas variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil por infração, podendo recair múltiplas penalidades sobre um mesmo estabelecimento. Além do impacto financeiro, os autuados passam a responder a processos administrativos que podem levar à perda do credenciamento.

De acordo com o Detran, Rio Preto tem hoje 19 desmontes cadastrados oficialmente. A escolha dos comércios fiscalizados foi feita de forma aleatória, e novas operações semelhantes devem ocorrer ao longo do ano.

Embora nenhum veículo ou peça com registro de furto ou roubo tenha sido identificado durante a operação, a presença da Polícia Militar foi considerada fundamental para garantir a segurança das equipes e o bom andamento dos trabalhos. Segundo o 17º Batalhão da PM, ações preventivas como essa ajudam a enfraquecer o mercado ilegal de peças.

As autoridades alertam que o consumidor também pode ser responsabilizado se adquirir componentes sem procedência, especialmente quando há indícios de má-fé ou vantagem indevida. Por isso, a recomendação é sempre verificar a presença da etiqueta de rastreabilidade emitida pelo Detran, disponível para consulta no portal do órgão.

A população pode colaborar com denúncias anônimas por meio dos telefones 190 (PM), 181 (Disque Denúncia) ou diretamente com o Detran-SP. A repressão ao comércio ilegal de peças é considerada estratégica para interromper a cadeia de crimes ligados ao roubo e furto de veículos.

Veja fotos da operação: 

(Fotos: Polícia Militar)

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