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PM de Cedral preso por homicídio aponta corrupção em prisão militar

Soldado condenado a 29 anos ajudou a expor rede que envolvia celulares, drogas e anabolizantes no Romão Gomes

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Reprodução/ Gazeta do Interior

O soldado Eduardo José de Andrade, natural de Cedral e condenado a 29 anos de prisão por homicídio, tornou-se peça central de uma investigação que levou à prisão preventiva de quatro policiais militares na última quarta-feira (11/6), em São Paulo. Lotados no presídio militar Romão Gomes, os agentes são acusados de integrar um esquema que facilitava a entrada de celulares, drogas e anabolizantes na unidade.

A denúncia partiu do próprio Andrade, preso no Romão Gomes desde 2024, após agentes encontrarem um
celular e um carregador escondidos em sua cela. Ao ser interrogado pela Corregedoria da Polícia Militar, o soldado revelou detalhes sobre a atuação de colegas dacorporação e familiares de detentos que estariam envolvidos no esquema de corrupção.

Segundo o depoimento, dois sargentos permitiam a entrada dos objetos proibidos, repassados durante as visitas.
Em fevereiro deste ano, outros cinco celulares foram apreendidos com um cabo que atuava como carcereiro, o que
reforçou a suspeita de que a prática era recorrente.

As investigações também identificaram transferências bancárias entre os familiares de Andrade e os
policiais Felipe Oliveira Amazola e Felipe Moreira da Silva, ambos presos na quarta-feira. Outros dois PMs
também foram detidos: o cabo Nilson Moreira da Silva, suspeito de distribuir anabolizantes aos presos, e o soldado Moreno Maximiliano, acusado de receber pagamentos diretamente dos detentos.

Durante a operação, a Corregedoria cumpriu mandados de busca em Cedral, Uchoa, Potirendaba e Rio
Preto. Em Cedral, uma viatura da equipe capotou, mas ninguém ficou gravemente ferido.
Histórico violento e nova acusação

Eduardo de Andrade já havia sido condenado durante júri popular, em fevereiro deste ano, pelo assassinato de
PM de Cedral preso por homicídio revela esquema de corrupção em presídio militar de SP
Soldado condenado a 29 anos ajudou a expor rede que envolvia celulares, drogas e anabolizantes no Romão Gomes; quatro policiais foram presos preventivamente

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