Cidades
Monsenhor Ângelo Angioni é declarado Venerável pelo Vaticano
Reconhecimento destaca o legado missionário do sacerdote que atuou em Rio Preto e fundou o Instituto Missionário do Imaculado Coração de Maria

O Papa Leão XIV autorizou nesta sexta-feira (24/10) a promulgação de decretos que reconhecem as virtudes heroicas de quatro religiosos, conferindo-lhes o título de Veneráveis. Entre eles está o Monsenhor Ângelo Angioni, figura marcante na história religiosa e social da região de Rio Preto.
Nascido em 1915, em Bortigali, na Sardenha (Itália), Ângelo Angioni dedicou a vida ao sacerdócio e à missão evangelizadora. Após ser ordenado padre em 1938 e atuar por uma década na Itália, foi enviado ao Brasil como sacerdote fidei donum, chegando a São José do Rio Preto, onde encontrou terreno fértil para o trabalho pastoral e social.
Em Rio Preto, o monsenhor impulsionou a construção de igrejas, capelas, casas de retiro, centros paroquiais e espaços de acolhimento para idosos, além de ter fundado o Instituto Missionário do Imaculado Coração de Maria, que reunia sacerdotes, diáconos, religiosas e leigos dedicados à evangelização. O projeto cresceu e tornou-se referência na formação cristã e no apoio a comunidades carentes.
Além do trabalho missionário, Angioni também se preocupava com a educação e criou uma escola paroquial, incentivando o estudo e a formação espiritual. Homem de fé simples e profunda, viveu com humildade, mantendo poucos bens pessoais e colocando todo o seu tempo e energia a serviço da Igreja e dos mais vulneráveis.
Mesmo após sofrer dois derrames, em 2000 e 2004, continuou exercendo seu ministério com serenidade e devoção até sua morte, em 15 de setembro de 2008, em José Bonifácio, onde morava na época. Seu exemplo de entrega e amor ao próximo deixou marcas profundas na região.
Com o decreto do Vaticano, o monsenhor dá um passo importante no caminho rumo à canonização — processo que reconhece oficialmente sua santidade.
Além de Ângelo Angioni, também foram declarados Veneráveis Maria Evangelista Quintero Malfaz, José Merino Andrés e Gioacchino della Regina della Pace, todos reconhecidos por suas virtudes cristãs e dedicação à fé.
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