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MP arquiva investigação sobre suspeita de envenenamento em clínica

Polícia não conseguiu identificar o autor do crime

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Reprodução/ Polícia Civil

O Ministério Público determinou o arquivamento do inquérito que apurava uma possível tentativa de homicídio contra a secretária de uma clínica de Segurança do Trabalho, em Rio Preto. A decisão foi tomada após meses de investigação sem que houvesse a identificação de um suspeito, apesar das evidências de envenenamento.

O caso ocorreu em 16 de janeiro deste ano, quando a funcionária Ana Cecília relatou ter passado mal após beber água em seu copo de uso pessoal. Ela contou que, ao retornar à mesa depois de buscar documentos, notou um gosto amargo e, ao olhar o recipiente, encontrou pequenas bolinhas pretas no fundo.

O material foi encaminhado à perícia, que confirmou se tratar de chumbinho, um veneno de uso proibido no Brasil. A funcionária chegou a ser atendida na Upa Norte com sintomas de intoxicação, como náusea e dor abdominal, e permaneceu afastada do trabalho por cerca de 25 dias.

Durante as investigações, Ana disse ter encontrado, junto com uma colega da limpeza, um frasco com substância semelhante no lixo da clínica. Mesmo assim, a polícia não conseguiu reunir provas suficientes para apontar o responsável.

No parecer, o promotor Gustavo Yamaguchi Miyazaki destacou que, embora existam indícios de que o veneno tenha sido colocado intencionalmente, a ausência de elementos concretos sobre a autoria levou ao pedido de arquivamento do caso. O representante do MP destacou que a investigação comprovou que a funcionária tinha desavenças com a médica, sócia-proprietária da clínica. No entanto, o local não tinha câmeras de segurança e nenhuma evidência de autoria foi confirmada.

A vítima vai recorrer da decisão.

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