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Núcleo 2 apresenta videoinstalação performática em parque de diversões

Grupo faz sua quinta e última participação no Breu, do Sesc, neste domingo, com “Galeria de Noz”, obra que mostra um pouco do que foram os primeiros quatro encontros do projeto “Ensaios para Ninguém”

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Em sua participação no festival Breu, do Sesc Rio Preto, o Agrupamento Núcleo 2 tem provocado as mais diversas sensações no público, com um projeto altamente experimental, o “Ensaios para Ninguém”, por meio do qual experimenta a fusão de linguagens a partir de um olhar para o homem deste século.

Neste domingo, dia 13, o grupo faz sua quinta e última apresentação no evento, e convida o público a ocupar um parque de diversões, com uma grande videoinstalação intitulada “Galeria de Noz”, o capítulo cinco do “Ensaios para Ninguém”. O Núcleo 2 leva para o espaço música, dança e performance, misturando ficção e realidade.

O encontro, gratuito, está marcado para às 20 horas. Um ônibus levará o público com saída do Sesc até o local. Também é possível ir por conta própria. Nesse caso, a única recomendação é confirmar presença no evento criado no Facebook (Ensaios para Ninguém – Cap. 5: Galeria de Noz). O parque de diversões fica no km 6 da avenida João Parisi (que liga Rio Preto a Engenheiro Schmidt), em frente ao Ceagesp.

Dividido em cinco encontros artísticos, em uma plataforma semelhante a intervenções urbanas, o “Ensaios para Ninguém” utiliza uma linguagem híbrida, que envolve performance, dança, teatro, audiovisual, música e artes visuais. “Galeria de Noz é o fim do projeto no Breu, mas o início da busca de aprendizado por tudo o que fizemos”, diz Jef Telles, diretor do Núcleo 2, responsável pela concepção do projeto.

Cada apresentação do Agrupamento no Breu teve uma proposta distinta. Na primeira, dia 14 de novembro, “Espermatozoides”, o Núcleo 2 ocupou a Praça Dom José Marcondes por 12 horas. Em seguida veio “A Construção do Agora”, por meio da qual o público conheceu uma galeria de arte contemporânea criada pelos próprios artistas, em três currais de uma estância leiteira em Talhado. Com “Depois”, o público foi transportado a um prédio em ruínas no bairro Gonzaga de Campos, onde teve contato com o que poderia ser o fim da humanidade. A quarta apresentação, “Terra do Amanhã”, ocupou uma área de descampado, que representou um local pós-apocalíptico povoado por estranhos seres. Todas as ações foram gravadas, e parte do conteúdo audiovisual desses quatro ensaios agora é revelada em “Galeria de Noz”.

“Na ficção que criamos, ‘Espermatozoides’ foi o início. ‘Depois’, o fim. ‘Terra do Amanhã’, o futuro depois do fim, e a ‘Galeria de Noz’ é a análise, o balaio de sensações, imagens e ações de todo o projeto com o foco no audiovisual. ‘Galeria de Noz’ é uma videoinstalação performática onde o público poderá conferir um pouco do que houve nos quatro Ensaios anteriores”, explica o diretor.

Segundo Telles, a grande motivação para criar o projeto veio da primeira série do “Ensaios para Ninguém”, que o Núcleo 2 realizou no primeiro semestre. A primeira etapa abrangeu seis encontros. Nela, um trecho da linha férrea, o Asilo de Schmitt, uma igreja em construção, a Cidade das Crianças, a estação de trem e escombros de uma antiga casa noturna foram ocupados.

“Tudo surgiu do título ‘Cemitério de Ninguém’ e, com ele, a inquietação de nos perguntar o que é estar vivo e o que é estar morto. Como o Núcleo 2 é um coletivo de experimentações, ao invés de fazermos um recorte e focarmos no que foi funcional na primeira etapa, ampliamos ainda mais nosso campo de percepção, e abordamos várias etapas da vida. Como o título do projeto já diz, “Ensaios”, estamos ensaiando, e o Breu permitiu nos lançarmos sobre uma gama de possibilidades. O momento, a partir de agora, é a síntese de tudo isso. Olhar para tudo o que foi feito, e lapidar.”

Vale observar que, a cada encontro do “Ensaios para Ninguém”, o grupo trabalha na construção de uma dramaturgia/roteiro de uma obra teatral/audiovisual que será a síntese do projeto, intitulada “Cemitério de Ninguém”.

Neste ano, o Núcleo 2 passou por uma grande reestruturação. Novos artistas foram convidados, e o Agrupamento se assumiu como um coletivo artístico que atua em diversas áreas. Entre os novos integrantes, estão o bailarino Vinícius Francês e o fotógrafo Jorge Etecheber. Daniela Honório, que faz a produção, é vice-diretora de uma escola municipal, e com o Núcleo 2 tem sua primeira experiência na área.

Ao longo da série no Breu, o grupo contou ainda com participações especiais, como a de Alison Bernardes, que se tornou peça chave no processo, presente em todas as apresentações. Além dele, marcaram presença os atores Murilo Gussi, Matheus Leonel, Inajara Fabiana e Raimundo Nonato; os artistas plásticos Profeta das Cores e Danilo Oliveira, articulador da exposição Cidade Inquieta, e o artista visual Paulo Fuscaldo.

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