Cultura
Nem só de palco tradicional vive o FIT
Em Rio Preto, equipe de produção, montagem e técnicoscorrem contra o tempo para receber os espetáculos do Festival Internacional de Teatro. Aberturaserá na quinta-feira, dia 6, com a peça “Suassuna – O Auto do Reino do Sol”, do grupo Barca dos Corações Partidos
Cada espetáculo tem sua particularidade e o espaço em que será apresentado traz toda a atmosfera da encenação. Em Rio Preto, para receber os espetáculos do Festival Internacional de Teatro (FIT), a equipe de produção trabalha desde março para proporcionar o melhor espaço para as montagens que desembarcam em Rio Preto, a partir de quinta-feira, dia 6. A peça de abertura do festival será “Suassuna – O Auto do Reino do Sol, grupo Barca dos Corações Partidos”.
Há espetáculos que requerem grandes demandas. Outros chamam a atenção por suas necessidades. Uma das curiosidades desta edição é o cenário do grupo colombiano Mapa Teatro, que apresentará o espetáculo Los Incontados – Un Tríptico/Os Incontados: Um Tríptico. Para a encenação, o Ginásio do Sesc se transformará em palco, recebendo material para a criação de uma grande caixa cênica. Dentro dela, será feita a montagem do espaço que recria a sala de estar e o jardim de uma casa, onde se desenrola a trama. As peças deste cenário chegarão em duas carretas. É necessária uma semana de montagem, muitas horas de trabalho e uma grande equipe envolvida. O resultado justifica. Além de apreciar o espetáculo, o público também pode visitar este cenário durante os dias 13, 14 e 15, sempre das 13h às 18h. Em 2014, o cenário esteve na 31ª Bienal de Artes de São Paulo.
Já no espetáculo “Iracema via Iracema”, das companhias Agrupamento Andar7 e Trupe Sinhá Zózima, de São Paulo/SP, o público entrará em um ônibus estacionado em frente à Swift para acompanhar a história de uma mulher de origem rural, semianalfabeta, que em determinado momento escolhe viver para sempre dentro do ônibus. A apresentação é estática, mas recria o clima vivido pela personagem.
Desde 2008, o Agrupamento Andar 7 pesquisa linguagens híbridas e a interface com tecnologias. Enquanto que a Trupe Sinhá Zózima desde 2007 pesquisa o ônibus urbano como espaço cênico, espaço de descentralização e democratização do acesso às artes. A produção do FIT Rio Preto precisou providenciar um ônibus urbano com três portas e sem catraca. A estrutura de um ônibus urbano recebe sistemas de iluminação, projeção, além dos próprios objetos que fazem parte do cenário. Serão 12 horas de trabalho.
Outro espetáculo que utiliza um espaço diferenciado é O Canto das Mulheres do Asfalto, criado por Georgette Fadel e Carlos Canhameiro, de São Paulo/SP, em que os atores sobem em árvores. Neste caso, as árvores da área externa do Complexo Swift contemplam às necessidades do espetáculo. Além de formar uma bonita paisagem, com a construção do complexo e o lago, criam uma atmosfera que vai ao encontro do enredo. Henrique Nerys, supervisor da equipe de produção do FIT deste ano, afirma que outra montagem com detalhes é a do espetáculo Gritos, da Companhia Dos à Deux, do Rio de Janeiro/RJ. “O cenário da peça é bastante minucioso e sensível. O trabalho do grupo com bonecos e uso de objetos de ferro exige um cuidado maior. Por esse motivo, estamos programando três dias de trabalho”, afirma. O festival acontece de 6 a 15 de julho. O FIT é promovido pela Prefeitura de Rio Preto e Sesc São Paulo.
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