Economia
Construção civil encerra 2015 com fechamento de quase 2.000 vagas na região noroeste
A última pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego mostra que a região perdeu 1.933 vagas de trabalho em 2015. A região passa a ter 28.401 trabalhadores com registro em carteira no setor. Dezembro foi especialmente trágico. Foram 1.256 desligamentos no último mês do ano
A região noroeste reflete o quadro de desemprego que assola a construção civil brasileira. A última pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego mostra que a região perdeu 1.933 vagas de trabalho em 2015. A região passa a ter 28.401 trabalhadores com registro em carteira no setor. Dezembro foi especialmente trágico. Foram 1.256 desligamentos no último mês do ano.
O município de Rio Preto, que demitiu durante todo o segundo semestre, fechou 476 vagas em dezembro, porém, no saldo final de contratações e demissões em 2015 o município encerrou o ano com 272 trabalhadores a menos na construção civil. Agora são 11.961 pessoas com carteira assinada no setor. O nível de emprego em Rio Preto saiu do patamar de 12.000 trabalhadores pela primeira vez nos últimos dois anos voltando praticamente aos números de dezembro de 2013, quando 11.911 trabalhavam com registro.
Em Catanduva foram 48 demissões em dezembro, queda de 3.67% em relação a novembro. No total, em 2015, foram fechadas 365 vagas, queda de 20,20% nos últimos 12 meses. A cidade tem atualmente 1.259 trabalhadores formalmente registrados no setor. É o menor número desde dezembro de 2013, quando começou esta série de pesquisas. Em dezembro de 2013 eram 1.874.
Fernandópolis também encerrou o ano com demissões. Foram fechadas 54 vagas apenas em dezembro e um total de 244 durante todo o ano de 2015, o que representa uma queda de 20,86% nos últimos 12 meses. O munícipio encerrou o ano com 754 trabalhadores formalmente registrados, número bem menor que dezembro de 2013 quando 1.140 pessoas estavam empregadas no setor.
Já Votuporanga demitiu 100 trabalhadores em dezembro, porém encerra 2015 com números positivos. O município criou 124 empregos novos na construção civil, o que representa um aumento de 9,26% em relação ao fechamento do ano anterior. Atualmente a cidade emprega 1.463 trabalhadores com carteira assinada.
No Brasil
A construção civil brasileira perdeu 483 mil postos de trabalho em 2015, de acordo com pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego. O setor encerrou o mês de dezembro com 2,835 milhões de trabalhadores formais, retornando ao nível registrado de maio de 2010.
Em dezembro, na comparação com o mês anterior, foi apurada queda de 3,98% no nível de emprego, com o fechamento de 117,6 mil postos de trabalho, considerando os fatores sazonais. Desconsiderando efeitos sazonais, o número de vagas fechadas em dezembro foi de 10,5 mil (-0,36%).
“Esta queda livre do emprego é o resultado mais eloquente da falta de confiança mínima para que os agentes econômicos retomem suas decisões de investimento. Somente um esforço do Executivo e do Legislativo, com sinais inequívocos de seriedade fiscal e comprometimento com reformas, poderia começar a reverter este cenário, junto com medidas que estimulem o capital privado a investir na ampliação da infraestrutura”, avalia o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan.
Por segmento, preparação de terrenos teve a maior retração (5,41%) em dezembro em comparação a novembro, seguido de imobiliário (4,53%) e pelo segmento infraestrutura (4,47%). No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento de infraestrutura apresentou a maior queda (14,52%), seguido pelo segmento imobiliário (13,38%). A deterioração do mercado de trabalho afeta todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram observados no Norte (-6,45%), e no Centro-Oeste (-5,40%).