Redes Sociais

Economia

Empresários driblam a crise, investem e ampliam negócios

O aumento da inflação, a queda das vendas em muitos setores e a perspectiva de mais uma retração do Produto Interno Bruto (PIB) são elementos que formam a tempestade perfeita no mundo corporativo. No entanto, enquanto muitos empresários lamentam a crise, outros enfrentam a turbulência e encontram meios de inovar

Publicado há

em

O aumento da inflação, a queda das vendas em muitos setores e a perspectiva de mais uma retração do Produto Interno Bruto (PIB) são elementos que formam a “tempestade perfeita” no mundo corporativo. No entanto, enquanto muitos empresários lamentam a crise, outros enfrentam a turbulência e encontram meios de inovar e, até mesmo, de ampliar suas atividades. Isso tem dado bons resultados.

Os sócios Lucas Ferreira e Rafael Beolchi são exemplos de empreendedores que driblaram a crise. A queda no número de pessoas com plano médico e a sobrecarga do sistema público de saúde foram as oportunidades que eles acharam para abrir o próprio negócio.

“A crise financeira teve grande influência em nossa decisão. Ao serem demitidas, muitas pessoas que tinham o convênio médico bancado pelas empresas perderam esse benefício. Assim, percebemos que oferecer serviços médicos de qualidade, de forma ágil e com preço acessível se tornou uma solução para esse público que não quer utilizar o sistema público de saúde, mas também não pode arcar com uma consulta em clínicas particulares”, comenta Beolchi.

Ao notar que o momento era propício para negociar com fornecedores, Beolchi e Ferreira vão abrir a Pronto Saúde, uma clínica que oferece consultas médicas e exames laboratoriais a preços populares. “Atualmente, existe maior oferta de imóveis para aluguel, maior disponibilidade para mão de obra na construção civil e melhores condições na compra de equipamentos, por exemplo. A crise proporcionou maior poder de negociação para quem está investindo”, comenta.

Beolchi ressalta que investir e abrir um negócio em tempos de crise não é algo trivial. “Abrir um negócio requer um estudo minucioso do mercado. Elaborar um plano de negócio detalhado é fundamental para saber qual o investimento necessário, quais os custos mensais previstos e, principalmente, projetar as receitas futuras – em momentos de crise, esse é um dos fatores mais imprevisíveis”, alerta.

Expansão

A Rio Preto Energia é outro exemplo de empresa que ignorou a crise. O engenheiro eletricista Fábio Berretta conta que a empresa registrou crescimento exponencial nos últimos meses para acompanhar a demanda crescente pela migração para o Mercado Livre de Energia. Este mercado é voltado apenas para empresas com gastos iguais ou superiores a 500 kW. Seu principal atrativo é o preço da energia: cerca de 35% menor do que no mercado regulado.

“Esse preço diferenciado acontece no Mercado Livre porque a energia elétrica é adquirida a partir de contratos mais longos, normalmente de cinco anos. Ao buscarem nosso serviço, os empresários viram que é possível migrar de modo simples e reduzir seus gastos com a fatura de energia. Nesse período de crise, trabalhamos muito e superamos a meta que foi traçada para o ano passado”, afirma Berretta.

Neste ano, para dar conta dos novos clientes, Berretta decidiu ampliar a empresa. “Até o fim do ano, vamos aumentar em 80% o número de representantes e contratar mais funcionários para a área administrativa, assim liberamos os sócios para trabalhar na constante estruturação da empresa e em novas oportunidades de negócios em mais estados do Brasil. Nem sempre as crises são ruins, basta saber aproveitar o momento certo para crescer”, afirma

AS MAIS LIDAS