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Despachante aduaneiro desmistifica o preço do vinho importado vendido no Brasil

Nos últimos meses, Rio Preto contou com várias operações da Polícia Federal e da Receita Federal para coibir o comércio de vinhos importados, trazidos para a cidade de maneira irregular

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Nos últimos meses a cidade de Rio Preto contou com várias operações da Polícia Federal e da Receita Federal para coibir o comércio de vinhos importados, trazidos para a cidade de maneira irregular.  Vários empresários acabaram sendo presos por descaminho.

Para entender um pouco sobre o que acontece com o preço dos vinhos falamos com o despachante aduaneiro, Márcio Marcassa Júnior, que explicou sobre os impostos e porque os vinhos que saem da Itália, por exemplo, pelo preço de R$ 12,00 e acabam sendo vendidos em Rio Preto por mais de R$ 80,00. Marcassa explica que um vinho que sai da Europa por R$ 12,50 chega no Brasil por R$ 60,00, somente com os custos de nacionalização e logística. “E ainda precisam colocar as margens de lucro em cima.

O imposto de importação é de 27%, IPI de 10%, PIS de 2,10%, Cofins de 9,65 e ICMS de 25%. O valor aumenta brutalmente”, afirma o despachante aduaneiro que conta que os impostos são calculados em cascata. 

Já os vinhos que chegam da Argentina costumam ser mais baratos, porque não é aplicado o imposto de importação nesse caso. “Mesmo assim, um vinho que sai da Argentina por R$ 10 chega aqui por R$ 30. Os outros impostos permanecem, fora ainda as margens de lucro que precisam ser acrescidas”. Marcassa falou também que os vinhos da Argentina são de marcas reconhecidas e possuem distribuidores exclusivos no Brasil.

 “Não é possível um importador independente trazer esses vinhos. É necessário registro no Ministério da Agricultora, autorização da vinícola e todo um procedimento burocrático. Não pode qualquer um ficar trazendo vinho para cá. Todo esse processo envolve muitas pessoas e autorizações.  As importações precisam ser legais”.

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