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Inflação dos alimentos ganha força e encosta em 15% em 12 meses

Alta acumulada de 14,72% até julho é maior desde fevereiro de 2021, mostra IPCA

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A oferta de serviços e serviços de energia elétrica faz com que os preços da comida ganhem força no Brasil. Dissolver a inflação do grupo de alimentação e manter-se sempre de acordo com o consumidor de 12 meses, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preço ao Amplo).

Até julho, a alta chegou a 14,72%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa era de 13,93% até o mês anterior.

O acumulado mais recente é mais intenso desde fevereiro de 2021. À época, o grupo registra inflação de 15% em 12 meses.

O IPCA contempla nove grupos de produtos e serviços. Apenas vestuário (16,67%) subiu mais do que alimentação e bebidas até julho.

A carestia da comida afeta sobretudo as camadas mais pobres, que têm menos condições financeiras para lidar com a alta dos preços. O economista Luca Mercadante, da Rio Bravo Investimentos, avalia que a inflação dos alimentos está associada a um conjunto de fatores.

Problemas de oferta com o clima adverso no começo do ano, aumento dos custos produtivos e efeitos da Guerra da Ucrânia fazem parte da, segundo ele.

O conflito iniciado no primeiro trimestre foi responsável por turbinar cotações de commodities agrícolas no mercado internacional.

Entre pesquisas no IPCA, como maiores variações até o acumulado de 12 meses, alimentos de mamão (99,6%), melancia (81,6%), cebola (75,15%), morango (73,86%) , batata-inglesa (66,82%) e leite longa vida (66,46%).

Segundo Mercadante, os sinais de trégua das commodities no mercado internacional podem gerar algum relatório para os preços dos alimentos até o final do ano.

Essa desaceleração, contudo, tende a ocorrer em um ritmo mais lento do que outros grupos, pondera o economista. Ainda há incertezas no cenário de oferta, diz.

“Os alimentos devem percorrer um caminho de desaceleração, mas de uma forma mais lenta que outros grupos.”

Sergio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados, também vê preços de alimentos em um nível ainda elevado nos próximos meses, mesmo com um peso possível de fôlego. Vale projeto uma desaceleração do grupo para perto de 12% no acumulado até o final do ano.

Na composição do IPCA, apenas o segmento de transportes pesa mais do que alimentação e bebidas. No acumulado de 12 meses, a inflação de transportes desacelerou de 20,12% em junho para 12,99% em julho. Essa perda de fôlego foi puxada pela trégua dos combustíveis, com destaque para a gasolina. Os preços recentes do produto do cair com os cortes nas alíquotas (imposto estadual).

(Leonardo Vieceli – Jornal Folha de S. Paulo)

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