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Fruticultura paulista aumenta em 2024 e exporta mais de US$ 250 milhões

O valor representou um aumento de 13% na comparação do acumulado de 2023 com o de 2024

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Reprodução/ Ministério da Agricultura e Agropecuária

As exportações do setor de fruticultura do agronegócio paulista aumentaram em 2024 e atingiram o valor de US$ 250 milhões. De acordo com levantamento realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA – Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), o valor representou um aumento de 13% na comparação do acumulado de 2023 com o de 2024. O agronegócio paulista é o principal responsável pelo superávit da exportação da balança comercial do país.

O destaque foi para limões e lima que totalizaram 50% de participação (US$ 121 milhões), com o envio de 112 mil toneladas. Outros produtos, como a manga (US$ 14 milhões) e o mamão (US$ 1,5 milhão), também tiveram saldo positivo no ano.

“São Paulo assumiu a posição de principal exportador agrícola do país, resultado de nossa diversificação de culturas, com destaque para a fruticultura. Nossos produtores têm excelência em todos os produtos que se dedicam a produzir, o que agrega, para além do mercado interno, o desempenho do comércio exterior do estado”, destacou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.

O aumento do dólar em 2024 influenciou a balança comercial do agronegócio paulista, o que impactou diretamente os produtos nacionais destinados ao comércio exterior. O dólar encerrou o ano em R$ 6,18, alta de 27,36% ao longo de 2024. A valorização da moeda americana tornou mais rentáveis aos produtores as vendas de frutas.

Região de Rio Preto 

A manga manteve sua posição de destaque, liderando o ranking das frutas exportadas. Em 2024, o Brasil enviou mais de 258 mil toneladas da fruta ao exterior, gerando uma receita de mais de US$ 348 milhões, um aumento expressivo de 12,14% em valor em relação ao ano anterior. Apesar dos desafios do ano passado, a fruta continua sendo considerada uma boa aposta pelos fruticultores da região de Rio Preto, localizados em Nhandeara e Votuporanga.

O melão, outro protagonista das exportações brasileiras, também apresentou crescimento, refletindo a crescente demanda global por produtos tropicais de alta qualidade.

Em contrapartida, a uva, tradicionalmente importante no portfólio exportador do país, registrou uma leve queda em volume e valor exportado. Esse desempenho foi impactado por fatores como condições climáticas adversas em regiões produtoras e desafios logísticos que dificultaram o escoamento da produção. No Estado de SP, a produção de uva tem grande concentração.

Exportações do agronegócio paulista

No cenário geral, o agro paulista exportou um total de US$ 30,64 bilhões (corresponde a R$ 184,7 bilhões), representando um aumento de 6,8% em comparação ao ano anterior. Com isso, o agronegócio paulista foi responsável por 18,6% das exportações do agronegócio brasileiro em 2024. O destaque se deu no grupo dos sucos, com 84,1% das exportações em nível nacional.

Além de visar o mercado o externo, o governo de SP também promove a produção de frutas dentro do Estado. Por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, o Estado lançou uma linha de crédito de R$10 milhões voltada para a fruticultura. A Linha de Crédito Fruticultura do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP) possui taxa de 3% ao ano; 84 meses de prazo e 24 meses de carência.

“Estamos lançando uma linha específica para o setor de fruticultura que passa por um momento muito delicado em razão de mudanças climáticas. Esperamos que este recurso venha desenvolver ainda mais o setor que contribui significativamente para a economia brasileira e para o pequeno produtor rural “, disse o secretário executivo do Feap, Daniel Miranda.

O estado possui o Circuito das Frutas formado pelos municípios de Atibaia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo. Com as principais culturas da uva, morango, pêssego, goiaba, ameixa, caqui, acerola e figo. O polo produtivo destaca-se pela realização do turismo rural nas diversas propriedades existentes, aproveitando o potencial de produção de frutas historicamente presente na região.

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