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Campeãs sem entrar em campo

Adversário do Rio Preto EC na final do Brasileirão, São José foi denunciado ao STJD por escalar jogadora irregular. Julgamento será nesta sexta-feira (dia 27), às 10h30, na sede da CBF

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As meninas do Rio Preto EC poderão soltar o grito de campeãs nesta sexta-feira (dia 27), sem mesmo precisarem entrar em campo. O São José, adversário das rio-pretenses na final do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino, foi denunciado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por escalar irregularmente a atacante Gabi Portilho, na primeira partida da final, no domingo (dia 22), no estádio Anísio Haddad.

O Rio Preto venceu a partida por 1 a 0. Gabi havia recebido três cartões amarelos e precisava cumprir suspensão, mas entrou no jogo. A segunda partida da final, marcada para quarta-feira (dia 25), foi suspensa pela CBF e um julgamento será realizado nesta sexta-feira (dia 27). “Se a lei for aplicada, o Rio Preto será declarado campeão nesta sexta-feira”, afirmou o vice-presidente do clube, José Eduardo Rodrigues, que comanda o departamento jurídico do Jacaré.

No despacho do presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol, Caio César Rocha, ele afirma que “por entender que está devidamente caracterizada a plausibilidade jurídica do pedido invocado pela d. Procuradoria, aliada ao poder geral de cautela a mim atribuído, por prudência, determino a suspensão da realização da partida final do Campeonato Brasileiro feminino entre as equipes do Rio Preto e do São José, previamente marcada para o dia 25/11/2015, devendo tal partida, se for o caso, ser marcada após o julgamento final deste processo”. 

São José infringiu o artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e como pena, segundo manda o próprio Código é a “perda do número máximo de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida”.

Após ficar sabendo da irregularidade, o Rio Preto acionou o seu departamento jurídico, que acompanhará o julgamento no Rio de Janeiro, nesta sexta. “Entramos no processo como terceiro interessado e iremos até as últimas consequências.  Esperamos que seja aplicada a lei neste caso, senão a lisura da competição estará comprometida”, disse José Eduardo, salientando que agora o clube possui departamentos atuantes. “O nosso departamento jurídico está atento, atuante. Acabou a era onde o departamento não existia, era omisso, ocorriam processos à revelia”.

Outro lado

O São José divulgou um vídeo na quinta-feira (dia 26) para argumentar sua defesa. A equipe alega que houve equívoco na anotação da súmula da partida do time joseense contra o Centro Olímpico realizada em Osasco, pela segunda fase da competição. O árbitro aplica o segundo cartão amarelo, mas a súmula registra a aplicação do vermelho direto. As imagens do episódio constam no vídeo e mostram o momento em que o árbitro pune a jogadora com o cartão amarelo (o segundo no mesmo jogo) e, em seguida, mostra o vermelho. De acordo com o artigo 51 do regulamento geral das competições da CBF, o cartão vermelho aplicado logo após o segundo amarelo anula os dois cartões amarelos na mesma partida, tendo a atleta que cumprir suspensão na seguinte (o que foi respeitado pelo São José).

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