Esportes
Hipismo, dedicação e investimento
Num dos esportes que requer investimento alto e muita dedicação, a amazona rio-pretense Mariana Scomparin tem se destacado nos últimos anos. Em 2015, ela fecha o ano em primeiro lugar no ranking paulista e em segundo no nacional
A amazona Mariana Scomparin, de 14 anos, da hípica Villa Real, está feliz da vida. Assim como em 2014, ela fecha o ano com a primeira colocação no ranking paulista de salto e vice no nacional, pela categoria pré-mirim. Tendo como referências o seu instrutor, Daniel Gobbo, e o cavaleiro Rodrigo Pessoa, ela traça seus planos para 2016. Disputar o máximo de torneios nacionais e internacionais. “Ter finalizado o ano na liderança do ranking paulista é uma grande vitória. Meus concorrentes moram todos na capital, local onde ocorre a maioria das competições, dando a eles a vantagem de não precisar se deslocar e de poder participar de mais competições que eu. Também fiquei muito feliz com o vice no ranking brasileiro. Agora é já ir traçando as metas para 2016”, afirmou a amazona que só foi superada pelo cavaleiro João Vitor Fontes Martins, primeiro colocado, com 301.6 pontos. Ela ficou com 268.2 pontos.
Foi neste ano que Mariana competiu na Guatemala, pela primeira vez representando o país num Concurso de Salto Internacional. “Foi uma oportunidade maravilhosa. Fiquei em sexto lugar na Guatemala. Mas o título de campeã por equipe pelo Estado de SP no Campeonato Brasileiro também preciso destacar, assim como os títulos dos circuitos Indoor, entre outros”.
Dentro dos projetos para 2016 está competir pela categoria mirim, em salto no 1m20 e participar de mais campeonatos no exterior, representando o Brasil. Ela conta que tem vários ídolos dentro do esporte, entre eles, o seu instrutor, Daniel Gobbo e o cavaleiro Rodrigo Pessoa. “Tenho vários ídolos. Meu treinador Daniel Gobbo é um exemplo de determinação. Ele sabe reconhecer uma pista como poucos dentro do esporte. Fico assistindo vídeos no YouTube de competições grandes, até mesmo nas competições da Europa. Sempre tem um que a gente se inspira e quer começar a saber mais de sua montada. Tenho também o Rodrigo Pessoa como um dos melhores”.
Mariana falou das dificuldades do esporte, que são bastantes. “Começa pela relação amazona e animal. Muitas vezes não entendemos o que o animal está sentindo, se está em um dia bom, num dia ruim. É preciso ter uma boa conexão com seu parceiro de provas, esse é o principal desafio. Além disso, creio que o fato de ser um esporte que exige grandes investimentos dificulta um pouco a possibilidade de crescer, pois quanto mais alto subimos de nível, mais caro fica. São desafios parecidos com outros esportes, mas a dedicação e persistência nos ajudam a superá-los”.
Cuidado especial
E sobre a relação com o animal, ela diz que trata eles com muito amor. “Não é somente ir lá e montá-los. É preciso dar amor para eles. Trato eles como meus filhos. Vejo eles todos os dias, nem se for para dar um oi e dar um beijo na testa deles. Depois de todas as aulas, levo cenouras para eles, fico com eles deixando pastarem um pouco. Não sei se consigo viver sem eles”, afirma a amazona que salta com o cavalo Rasing, mas também possui a Xena e o potro Cayak. “O Cayak é um potro. Então, por isso, não sabemos se ele irá saltar mais alto ou não, mas estou me dedicando e dando meu máximo para que no ano que vem eu e ele estejamos prontos para participarmos de competições juntos”.