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Rio Preto aciona empresa na Justiça por descumprimento de contrato

Diretoria alega que estádio não foi devolvido em condições de uso após Festeja, o que gerou prejuízo ao clube

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A direção do Rio Preto Esporte Clube ingressou na Justiça uma ação contra a empresa Workshow, organizadora do evento Festeja, por descumprimento de contrato. O evento foi realizado em outubro do ano passado, no estádio Anísio Haddad, e gerou prejuízos ao clube. No contrato, a empresa se comprometeu em entregar o estádio em perfeitas condições de uso, diferente do que ocorreu.  Foram vários estragos materiais. “Fomos enrolados por nove meses por essa empresa, sempre com uma desculpa para não honrarem o contratado”, afirmou o presidente, José Eduardo Rodrigues, nesta segunda-feira, dia 17, durante entrevista, na sede do clube.

Na ação, o clube requer o ressarcimento por danos materiais e morais. O valor da ação ultrapassa R$ 250 mil. “A empresa descumpriu o contrato e o clube precisou arcar com os custos de recuperação do campo e do estádio sozinho, quando, na verdade, quem deveria fazer isso seria a Workshow. No campo, por exemplo, foi preciso refazer toda a drenagem, irrigação, muros e alambrados que foram derrubados e mais outros atos de vandalismo que o estádio sofreu, tais como os banheiros foram destruídos. Até lâmpadas foram roubadas, mais de 80. Sequer o lixo foi retirado. Foi necessário o clube contratar empresa especializada para a retirada de mais de três toneladas de lixo, após os shows”, afirmou o advogado, Gustavo Escobar, um dos membros do departamento jurídico do clube.

Rodrigues falou também sobre a grama que a empresa se comprometeu em plantar no campo, na área danificada. “No momento somos o único time do país a ter duas qualidades de grama no campo. Na correria para tentar se livrar do problema, a empresa Workshow plantou a grama bermuda no total de cerca de 2 mil metros quadrados. Mas a grama do restante do campo é a batatais. Isso causou um desnível, ficando nítida a diferença. Colocaram mais de 500 toneladas de equipamento em cima da grama, da drenagem e da irrigação, compactando o solo e o previsto aconteceu. Tudo foi destruído. E nós nos empenhamos para consertar os inúmeros estragos, fato esse que nos tirou totalmente do foco da montagem do time para a disputa da Série A-2 do Paulista”. A troca da grama no campo teve início na quinta-feira, dia 20.  

O presidente falou sobre o estádio. “O estádio Anísio Haddad, construído na década de 60, obviamente, não foi projetado para um show desta dimensão, tendo recebido um público de mais de 30 mil pessoas. Foi uma insensatez o que ocorreu, que jamais se repetirá”. Até o fechamento desta edição, a Workshow não tinha retornado aos questionamentos da reportagem.

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