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Paixão pelo vôlei faz ex-atleta da seleção brasileira se tornar árbitra

Josiane Marangon participa dos Jogos Abertos depois de defender a Seleção Brasileira em todas as categorias

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Fotos: Divulgação/SMCS

O amor pelo esporte é tanto que a ex-atleta Josiane Grunewald Marangon, hoje com 51 anos, se transformou em oficial de arbitragem da Federação Paulista de Volleyball só para continuar frequentando as quadras e respirando o ambiente do vôlei onde ela cresceu, se profissionalizou e foi muito feliz.

Josiane, como é conhecida, defendeu clubes brasileiros em competições nacionais e internacionais e participou da Seleção Brasileira de Voleibol Feminino em todas as categorias, passando pela Seleção Infanto-Juvenil e Seleção Juvenil, quando conseguiu duas medalhas de prata em mundiais.

Não foi à toa que muitos fãs do esporte se surpreenderam ao vê-la trabalhando em Rio Preto apitando as partidas dos Jogos Abertos. A atleta começou a praticar o esporte aos 11 anos de idade e acabou encerrando a carreira no profissional aos 30 anos, mas o vôlei continua sendo a sua grande paixão, como ela mesma explica.

“Eu fui atleta de 1984 a 2001 no profissional, depois disso eu parei de jogar e em 2009 fiz o curso da arbitragem e ingressei nessa nova profissão. É uma paixão nova, eu continuo estando na quadra, não como atleta mais, que o físico não nos permite, mas como árbitra, vendo as meninas, vendo a evolução da modalidade, acompanhando de perto”, explica a ex-jogadora da seleção.

Em 1989 Josiane Marangon já estava competindo pela Seleção Brasileira Infanto-Juvenil que disputou o Mundial realizado em Curitiba, no Paraná.

“Estive na seleção de base em 1989 e também em 1991, inclusive o técnico da seleção brasileira juvenil era o Jose Roberto. A gente foi vice-campeão mundial juvenil nessa ocasião e, em 1995, eu tive uma passagem na seleção adulta, aí já era o Bernardinho o técnico, então eu fiquei esse tempo servindo a seleção brasileira com muito orgulho”, explica ela.

Josiane quando atuava em quadra sempre foi versátil, servia as equipes conforme necessidade do jogo e podia atuar no meio-de-rede (central), como ponteira, oposto e líbero. E essa não é a primeira vez que ela vem a Rio Preto por conta do vôlei.

“Em Rio Preto eu joguei os Jogos Abertos em 1995, inclusive eu até tenho uma reportagem que está em casa de um jornal daqui da cidade onde eu fui considerada a musa da competição, foi bem legal. Eu tenho essa reportagem pena que eu não trouxe, a gente podia fazer uma réplica aí, muito legal, eu gosto muito desta cidade, meus pais já moram aqui há alguns anos, meu pai trabalhava em um supermercado na parte de consultoria administrativa e aí eu vinha sempre para São José do Rio Preto, então eu tenho um carinho especial pela cidade”, diz ela.

Geração campeã

Em 2000 jogando ao lado de Virna Dias e Leila Barros compôs uma das mais fortes equipes do voleibol feminino do Clube de Regatas Flamengo, conquistando o título carioca. Com tanta experiência e com autoridade de quem já foi várias vezes campeã, Josiane dá a sua dica, o seu conselho para as novas meninas que estão ingressando no esporte, para essa nova geração que surge no vôlei nacional.

“Eu acho que é muita dedicação, tem que treinar bastante pra se aprimorar nos fundamentos, ser competitiva, gostar do que está fazendo. Hoje em dia a gente vê as telas dos computadores, celulares, levando os jovens não quererem tanto praticar o esporte, mas a gente ainda vê, principalmente nessas competições grandiosas como os jogos Abertos, que ainda tem muita gente disponível para o esporte, então eu fico muito feliz quando vejo essa renovação, jovens e até adultos apaixonados pela modalidade. A dica é essa, muito treino, muita dedicação, muito suor mesmo porque só com esses ingredientes que o atleta poderá evoluir e chegar até a seleção brasileira, ser profissional e até mesmo desenvolver uma carreira internacional”, aconselha a ex-jogadora de vôlei e atual árbitra da federação paulista, Josiane Grunewald Marangon.

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