Esportes
AME reforça importância do respeito após campanha da Federação Paulista
Objetivo é conscientizar familiares e educadores sobre o impacto das atitudes no ambiente esportivo
O futebol infantil no Brasil ganhou um importante aliado na luta contra a violência e a intolerância nas arquibancadas. Na última semana, a Federação Paulista de Futebol (FPF) lançou uma campanha impactante direcionada aos pais das crianças que disputam os campeonatos estaduais de base.
O vídeo da campanha, parte da iniciativa Menos Ódio, Mais Futebol, simula comportamentos agressivos de pais durante jogos de categorias infantis. Na peça, adultos são convidados a ler frases como “Você não acerta uma, seu burro!”, acreditando serem ditas por professores a alunos. Ao final, descobrem que as frases foram ditas por pais durante partidas de futebol infantil.
A pergunta que encerra a campanha é direta: “Por que na escola não pode e no futebol pode?”. A campanha será utilizada em palestras, cursos e eventos promovidos pela FPF, com o objetivo de conscientizar familiares e educadores sobre o impacto das atitudes no ambiente esportivo.
AME e o combate à pressão excessiva
Nicollas Neves, diretor da Associação de Menores no Esporte (AME), entidade que promove competições de futebol para mais de 10 mil crianças na região de Rio Preto, enxerga a campanha como um importante reforço em uma luta que já enfrenta no dia a dia. “Tenho percebido que muitos pais não sabem lidar com derrotas e acabam transferindo essa frustração para as crianças. Isso gera comparações, ofensas e até brigas, desviando o foco do esporte, que deveria ser um espaço de aprendizado e diversão”, comenta o diretor.
Recentemente, um episódio ilustrou a gravidade do problema. Durante uma competição organizada pela AME, um pai invadiu o local de trabalho do diretor e danificou um computador, motivado por insatisfação com o resultado de uma partida na qual o filho sequer jogou. Para ele, a iniciativa da FPF é um exemplo a ser seguido. “Precisamos de mais ações como essa para conscientizar as famílias de que o futebol infantil não é um campo para frustrações ou cobranças excessivas, mas uma oportunidade de lazer e integração social”, afirma.
Mauro Silva, vice-presidente da FPF, destaca a importância de ações como esta para o futuro do esporte. “Manter acesa a paixão pelo futebol depende de todos nós. Queremos transformar as arquibancadas em espaços de respeito, incentivo e alegria, mostrando que o exemplo vem de pais e familiares”, afirma.
Enquanto isso, a AME segue desempenhando um papel fundamental na formação de jovens atletas, defendendo a ideia de que o futebol deve ser uma ferramenta de diversão, desenvolvimento e sociabilização, e não uma arena para cobranças ou expectativas irreais.
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