Esportes
Aposentado de RP vence depressão correndo e sonha com nova maratona
Atleta frequenta a academia de segunda a sexta e segue dieta orientada por nutricionista

Antônio Nascimento começou a correr aos 65 e já concluiu duas São Silvestres, duas maratonas e dezenas de provas pelo Brasil. Para ele, cada quilômetro percorrido é uma celebração da vida — e um exemplo para os netos.
Por muito tempo, Antônio Nascimento assistia à Corrida de São Silvestre pela TV e se perguntava como aquelas pessoas conseguiam correr tanto. Morador de Rio Preto, o aposentado de 72 anos transformou o que era apenas admiração em uma rotina de treinos, pódios e superação. Começou a correr aos 65 anos, já completou duas maratonas, duas edições da São Silvestre e, em 2024, somou impressionantes 2.152 km percorridos em treinos e provas.
“Quando falei para um colega que não aguentaria correr, ele me convidou só para assistir. Fui, gostei do clima e pedi ajuda. Comecei com 100 metros correndo e 100 andando. Aos poucos fui aumentando. Oito meses depois, falei para o treinador que queria fazer a São Silvestre. Ele se assustou, mas topei o desafio. Cinquenta anos depois daquele sonho de menino, cruzei a linha de chegada”, conta.
Mais do que conquistar medalhas, Antônio corre por um motivo pessoal: os netos. “Se um dia eles contarem aos amigos que o avô fazia maratonas depois dos 70 anos, eu sorrirei lá do céu”.
Recentemente, ficou em terceiro lugar na categoria durante a Meia Maratona Internacional de São Paulo, completando os 21 km em 1h56. “É como se a vida tivesse me dado uma nova chance”, diz ele, que hoje treina quatro vezes por semana — em breve, aumentará o ritmo para a preparação da Maratona SP City, marcada para julho.
Além dos treinos de corrida, Antônio frequenta a academia de segunda a sexta, segue uma dieta orientada por nutricionista e abandonou hábitos antigos: “Não bebo, não fumo, não como doces, refrigerantes ou carne vermelha”.
Diagnosticado com depressão, ele afirma que a corrida foi um divisor de águas. “Transformou minha vida. A atividade libera hormônios como a serotonina, que fazem a gente se sentir melhor. Aconselharia todo mundo com depressão a correr”.
Mas o que ele mais valoriza na corrida não é a performance, e sim o ambiente. “Ao contrário de outros esportes, reina a paz e a amizade. A corrida é fundamental para socializar. Fiz muitos amigos. A vida deu uma guinada”.
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