Ancelotti cobra resiliência mental após derrota do Brasil para o Japão

O técnico Carlo Ancelotti pediu mais resiliência mental aos jogadores da seleção brasileira após a derrota por 3 a 2 para o Japão, nesta terça-feira (14), em Tóquio. Foi a primeira vez que o Brasil perdeu para a equipe asiática.

O treinador italiano destacou a importância de aprender com os erros que permitiram a virada japonesa no segundo tempo, em mais um teste antes da Copa do Mundo de 2026, que será disputada na América do Norte.

Ancelotti, que assumiu o comando da seleção em maio, após a campanha irregular nas eliminatórias, tem buscado montar uma equipe adaptável e mentalmente forte. Apesar de alguns avanços recentes, o revés em Tóquio expôs falhas que ainda precisam ser corrigidas e levantou dúvidas sobre a escalação modificada em relação à vitória por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul, na última sexta-feira (10).

“Não, não está tudo bem. Quando a equipe perde, ficamos chateados, o que é normal. Eu não gosto de perder, e os jogadores também não. Temos de aprender com essa derrota, como sempre fazemos no futebol”, disse Ancelotti em entrevista coletiva.

O técnico apontou a falha de Fabrício Bruno no primeiro gol japonês como um divisor de águas na partida.

“Até o erro no primeiro gol, o jogo estava bem controlado. Depois disso, a equipe desmoronou mentalmente. Esse foi o maior erro. O segundo tempo, em si, não foi ruim, mas o impacto psicológico foi enorme”, avaliou.

Questionado se o desempenho individual poderia afetar as convocações para a Copa, Ancelotti negou.

“Erros individuais não definem a presença de um jogador na equipe. O que precisamos avaliar é a reação coletiva. Perdemos o equilíbrio e o pensamento positivo após o primeiro erro. É uma boa lição para o futuro”, completou.

A seleção brasileira volta a campo em novembro, para amistosos contra Senegal e Tunísia, que serão disputados na Inglaterra e na França.

“Essas datas são períodos de testes, e continuaremos testando em novembro. Jogamos muito bem contra a Coreia, bem no primeiro tempo hoje e muito mal no segundo. Precisamos encontrar equilíbrio — é um processo”, concluiu o treinador.