Nacional
Governo inclui Leonardo na “lista suja” do trabalho escravo
A lista, atualizada nesta segunda-feira (7/10), conta com 176 nomes de empregadores
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) do governo federal incluiu o nome do cantor sertanejo Leonardo na “lista suja” do trabalho escravo. Segundo o documento, a entrada do artista na lista se deve a uma fiscalização feita na Fazenda Talismã, na cidade de Jussara, na região noroeste de Goiás. Na propriedade, ainda de acordo com o relatório, seis trabalhadores foram encontrados em condições análogas à de escravo.
A lista atualizada e divulgada nesta segunda-feira (7/10) aponta 176 nomes de empregadores, incluindo o de Leonardo, que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão.
Ao Globo, o advogado Paulo Vaz, que representa a defesa do cantor, disse que recebeu a lista com “muita estranheza”. Ele disse ainda que apesar de o artista não ter ligação com as situações em que os empregados foram submetidos, pagou todas as multas para “evitar qualquer discussão”.
A fiscalização na Fazenda Talismã ocorreu no ano passado. O relatório apontou que os seus funcionários, incluindo um adolescente de 17 anos, estavam vivendo em “situações degradantes” e pernoitando em uma casa abandonada, sem água potável e sem banheiro, dormindo em camas improvisadas com tábuas de madeira e galões de agrotóxicos. O MTE também expôs que o local tinha um “odor forte e fétido”, e que estava tomado por morcegos e insetos.
O advogado explicou que as terras não estavam em posse de Leonardo quando a fiscalização ocorreu. O processo foi arquivado após o pagamento das multas.
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