Política
Vereador ‘compra’ briga com bancos
Lei de autoria da vereadora Alessandra Trigo (PSDB) prevê que as agências bancárias em Rio Preto mantenham seguranças, independentemente de estarem abertas ou não.
A polêmica envolvendo os bancos está longe de ter um fim. O vereador Paulo Pauléra (PP) desafi ou as instituições financeiras a fecharem suas portas para evitar o cumprimento de legislação municipal. A lei de autoria de Alessandra Trigo (PSDB) prevê que os bancos mantenham em suas agências vigilantes armados, independentemente de estarem abertas ou não, ou seja,“Já falei com o Pedro Oliva, chefe da fiscalização da Secretaria da Fazenda, que me garantiu que mesmo fechados os bancos continuam sendo multados” afirmou Pauléra.
Ainda de acordo com o vereador, a iniciativa de Alessandra visa ampliar a segurança dos clientes e, consequentemente, de toda a população. “Não vamos abaixar as calças para bancos não, nós estamos aqui para decidir direitos da população. Lógico que não quero transtornos” ressaltou Pauléra, que na última terça-feira, pediu adiamento da votação de projeto proposta pelo presidente do legislativo, Fábio Marcondes (PR), que acaba com a exigência de seguranças à noite em caixas eletrônicos.
Já Marcondes rebateu a acusação de integrantes da oposição de que vereadores da base governista teriam negociado com os banqueiros uma forma de tornar a legislação mais branda. “Quero dizer que não houve nenhuma negociação com a Febraban. O que aconteceu foi um encontro para ouvir os motivos dos bancos para não cumprirem a legislação em vigor”, afirmou.
Em nota, a Federação Nacional dos Bancos (Febraban), informou que a permanência de vigilantes nas áreas de autoatendimento das agências fora do horário normal de expediente bancário, inclusive no período noturno e nos sábados, domingos e feriados, coloca em risco tanto a integridade física desses profissionais quanto dos próprios clientes e usuários dos serviços.
“O vigilante armado nesses pontos criará um atrativo para criminosos roubarem os equipamentos de segurança. A presença do vigilante, portanto, poderá gerar uma insegurança maior tanto à vida do vigilante como de outras pessoas que estejam utilizando os terminais eletrônicos ou àqueles que estejam no entorno”, consta no documento. A Federação ressalta ainda que as áreas de autoatendimento das agências bancárias seriam oferecidas “voluntariamente” pelos bancos à população, que assim dispõe da conveniência de utilizar os caixas automáticos, além do horário de expediente.