Política
Em Rio Preto, beneficiados alugam e vendem casas populares em loteamentos
Creci confirma irregularidades no Minha Casa, Minha Vida em Rio Preto por meio de operação que durou três dias

Dados preliminares de uma megaoperação do Creci (Conselho Regional de Corretores Imobiliários) do Estado de São Paulo realizada nos residenciais Nova Esperança, Lealdade e Amizade, revelam pelo menos 34 irregularidades no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, em Rio Preto. Os fiscais identificaram que 17 casas foram vendidas, enquanto outros 11 imóveis estariam alugados, além de seis invasões e 41 casas abandonadas. Durante a operação, realizada na cidade nos últimos dias, os fiscais identificaram ainda 351 imóveis com suspeita de irregularidades.
Contratados pela Caixa Econômica Federal para apurar os casos denunciados pela Empresa Municipal de Construções Populares (Emcop), os agentes do Creci começaram o trabalho no residencial Nova Esperança, onde vistoriaram 255 imóveis construídos por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. Na vistoria, os fiscais teriam confirmado denúncias de venda e locação de imóveis, contrariando previsão do programa do governo Federal, como ressalta o diretor presidente da Emcop, José Antônio Basílio.
“Os agentes encontraram casos de venda e aluguel de imóveis, isso não é justo, a pessoa paga no máximo R$ 80 de prestação e nós encontramos imóveis alugados por até R$ 500, e o propósito do programa não é fomentar o mercado imobiliário, e nestes casos chamados de faixa 1 e sim atender pessoas que têm necessidade do imóvel e não têm condições de arcar com o aluguel”, afirmou Basílio.
Cerca de 100 agentes participaram dos trabalhos nos três residenciais rio-pretenses, inclusive antecipando as fiscalizações no Lealdade e Amizade, anteriormente previstas para ocorrerem apenas no próximo mês. “Os agentes conseguiram agilizar as vistorias e concluíram visitas nos três empreendimentos construídos por meio do Minha Casa, Minha Vida em Rio Preto”, ressaltou.
Em 28 de janeiro, os agentes do Creci já haviam encontrado 14 irregularidades no Residencial Vila Toninho, condomínio de prédios do programa do Governo Federal. Na ocasião, os fiscais percorreram todos os 256 imóveis do empreendimento para apurar diversas irregularidades, entre elas, a venda, aluguel, cessão e invasão dos imóveis do programa habitacional. No total, foram encontrados sete casos confirmados de imóveis alugados, seis imóveis desocupados e um imóvel cedido (para parentes). Outras 48 casas foram consideradas suspeitas porque os moradores não estavam em casa no momento da fiscalização.
Comissão Especial de Vereadores aberta para apurar irregularidades no programa em Rio Preto convocou o superintendente da Caixa, Fernando Passos, para prestar esclarecimentos na Câmara nesta sexta-feira. Durante depoimento para comissão no início do mês, Basílio afirmou que as denúncias de irregularidades no programa em Rio Preto ultrapassariam os mil casos.
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