Política
Em Rio Preto, vereador quer liberar cerveja nos estádios
Proposta de Paulo Pauléra ainda não tem nada definida para votação na Câmara de Rio Preto

Um projeto de lei que pretende liberar a venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de Rio Preto foi protocolado na última semana na Câmara. Segundo Paulo Pauléra, autor do projeto, a medida irá garantir renda extra aos clubes da cidade, e proporcionar maior conforto aos torcedores. “Se queremos times fortes temos que saber que é necessário dinheiro. A venda de cerveja garante recursos adicionais para os clubes da cidade”, afirmou.
A votação da proposta ainda não tem data prevista para ocorrer. Segundo Pauléra, o motivo seria o fim das competições. “Conseguimos as assinaturas necessárias para apresentar o projeto, que agora tem tudo para finalmente ser aprovado, mas vamos com cautela, precisamos debater o tema com a sociedade”, ressaltou.
Ainda segundo o autor do projeto, dentre os torcedores o tema é unânime, e não causaria transtornos, até pelo curto período das partidas. “Não acredito que se possa ficar bêbado tomando uma cerveja durante o jogo, são apenas 90 minutos de partida, menos de duas horas, não vejo maiores problemas na comercialização de cerveja nos estádios, mas vale lembra só cerveja”, concluiu.
Além dos estádios o projeto de Pauléra autoriza a comercialização de cerveja em todas as competições esportivas realizadas na cidade. O projeto ganhou apoio incondicional da diretoria do Rio Preto, que inclusive pediu apoio para os parlamentares aprovarem a proposta, como ressalta o presidente do clube Suélio Ribeiro. “Não bebo, mas acho que é muita hipocrisia proibir a venda de cerveja nos estádios, uma vez que o produto pode ser encontrado em qualquer esquina da cidade. Nos jogos decisivos do Rio Preto Esporte Clube se tivéssemos vendido o produto, teríamos aos menos uns R$ 7 mil a mais no caixa do clube, e não sendo adepto da bebida acredito que as hipocrisias nesse país têm que acabar”, destacou Suélio.
A opinião é compartilhada pelo dirigente do América, José Carlos Pereira Neto, o Zé Branco, que não acredita em embriaguez durante as partidas. “São apenas 90 minutos de partida e não consigo imaginar pessoas bêbadas dando trabalho nas arquibancadas. Esse projeto tem apoio total dos americanos”, afirmou.
A venda de bebidas alcoólicas nos estádios brasileiros foi proibida em 2008 quando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Conselho Nacional dos Procuradores de Justiça, celebraram um acordo, e sepultada em 2010, quando foi alterado o Estatuto do Torcedor, proibindo definitivamente a venda. Porém, na Copa do Mundo de 2014, uma medida provisória autorizou a venda nas arenas do evento, atendendo proposta da Fifa, e desde então diversas cidades do país já aprovaram legislação semelhante.
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