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Vereadores vão apurar crescimento de favela

Vereador Marco Rillo afirma que famílias que moram no local desmentem informação de que recusaram casas populares

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Integrantes da Comissão Especial de Vereadores (CEV) que apura possíveis irregularidades no sorteio de casas populares do programa “Minha Casa, Minha Vida”, em Rio Preto, querem explicações sobre o crescimento de uma favela que fica próxima à Vila Itália. Segundo o vereador Marco Rillo (PT), que comanda a investigação na Câmara, as famílias desmentem as declarações da Prefeitura de que eles recusaram casas populares e preferem morar nos barracos. “As famílias estão tentando uma negociação para que a diretoria da Emcop receba uma comissão formada por integrantes da favela para dizer o que realmente está acontecendo”.
De acordo com reportagem da Gazeta de Rio Preto, veiculada no 6 dia de maio, o número de família saltou de 10, em maio do ano passado, para 50 no mesmo mês deste ano. O terreno ocupado é particular e fica ao lado do loteamento Santa Catarina, na região do Parque Industrial, com pelo menos 150 moradores. As condições são precárias e insalubres.
Ainda segundo Rillo, a Prefeitura não teria respeitado uma portaria do Ministério das Cidades que determina que a prioridade na escolha dos contemplados seja realizado com prioridade para as famílias que estão acampadas. “Acho que o prefeito [Valdomiro Lopes] não tem interesse em contemplar essas pessoas”, afirma o vereador.
Em depoimento à CEV, o ex-diretor presidente da Emcop, José Antonio Basílio teria afirmado que o grupo não seria contemplado porque não teria determinação judicial pedindo a reintegração de posse da área. “O Basílio falou que não tinha nada com esse pessoal, pois não tinha ação de despejo e nem de reintegração de posse, mas a prefeitura está mentindo. Não foi oferecido nada para os moradores de lá”, enfatizou.
Segundo Analice de Azevedo Lopes, 35 anos, que mora na favela com cinco filhos, as famílias estão abandonadas e a administração municipal está mentindo sobre o assunto. “Procuramos a Emcop para fazermos o cadastro das famílias porque o prefeito falou que já estamos no cadastro e realmente não estamos. Valdomiro falou que já foi feito o cadastro e que até vieram aqui oferecer as casinhas e as pessoas não quiseram, mas isso é mentira”, afirmou.
Questionada se as famílias teriam sido procuradas pela prefeitura antes do sorteio do Residencial Solidariedade, a moradora informou que nas datas informadas ninguém apareceu. “Foi tudo muito em segredo. As datas nunca batiam, e quando ocorreu o sorteio pegou todos de surpresa”, ressaltou ela.
Ainda de acordo com Analice, nem as secretarias municipais de Assistência Social e Educação estariam cumprindo com seu papel. “As assistentes sociais passam aqui e ficam cinco minutos e vão embora. Nossas crianças sofrem até para ir para a escola, precisam andar pela linha do trem e vão andando até a escola, nem ônibus ou van a prefeitura disponibilizou”, critica.
A reportagem tentou contato com o secretário municipal de Comunicação, Deodoro Moreira, mas ele não atendeu às ligações no celular. Já a Emcop até o fechamento desta reportagem não tinha respondido aos questionamentos.

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