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PF faz nova devassa Câmara de Rio Preto

O alvo dessa vez foi o vereador Maurin Ribeiro (PCdoB), que é acusado de usar requisições de combustíveis para comprar o apoio de eleitores

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Falta pouco para virar rotina dos funcionários da Câmara de Rio Preto pedir licença aos agentes da Polícia Federal (PF) antes de bater o cartão de ponto e assumir o dia de trabalho. Mais uma vez, antes mesmo de os servidores chegarem para trabalhar, buscas por celulares e documentos começaram a ser cumpridas no prédio do Legislativo. Na quinta-feira (dia 10), o alvo foi o gabinete do vereador Maurin Ribeiro (PCdoB), investigado por compra de votos nas eleições deste ano. Ele nega as irregularidades.

Enquanto três agentes e um delegado cumpriam o mandado de busca e apreensão na Câmara, uma dupla de policiais da PF fazia o mesmo trabalho na casa do parlamentar, que fica na zona norte de Rio Preto.

A suspeita, levantada por meio de denúncia no site do Tribunal Superior Eleitoral, é de que ele teria oferecido vales-combustível no valor de R$ 50 para eleitores colarem o adesivo de sua campanha no vidro traseiro do carro. Com base nessas denúncias e em uma autorização judicial, a PF fez buscas em uma madeireira e um posto de combustíveis, na semana passada, quando foram apreendidas requisições no nome de Maurin.

Ainda na manhã de quinta, o vereador do PCdoB foi até a sede da Polícia Federal em Rio Preto para prestar depoimento. No local, disse à imprensa que as requisições eram relacionadas ao combustível usado por assessores durante a campanha eleitoral.

Após ser questionado se não deveria ter declarado os vales-combustível como gastos de campanha no site do TSE, o parlamentar mudou o discurso e disse que os cupons eram usados para assuntos particulares por ele e por sua família. “Eu nem paguei essas requisições de combustível ainda. Essa denúncia é para desestabilizar minha campanha, mas eu nem ganhei”, afirmou.

Os vídeos com as entrevistas do vereador estão disponíveis na página da Gazeta no Facebook.

Verificação

Os documentos apreendidos ontem serão analisados pelos técnicos da Polícia Federal e, caso sejam encontrados indícios de crimes eleitorais, ele será denunciado por compra de votos, podendo ficar inelegível por até oito anos.

No caso do presidente da Câmara, Fábio Marcondes (PR), que foi reeleito com 8.095 votos, e também é investigado por crimes eleitorais, além de ficar inelegível, a Justiça pode impedir a diplomação para o próximo mandato. A cerimônia de diplomação está prevista para o dia 16 de dezembro.

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