Política
Promotor pede quebra do sigilo bancário de Marcondes
O presidente da Câmara de Rio Preto, Fábio Marcondes (PR), é investigado por crimes eleitorais. Caso a impugnação for acatada pela Justiça e as contas forem rejeitadas, Marcondes corre o risco de ter o registro de candidatura cassado e perder o novo mandato

O promotor da 312ª Zona Eleitoral, Ary César Hernandez pediu à Justiça Eleitoral a quebra do sigilo bancário do presidente da Câmara de Rio Preto, Fábio Marcondes (PR). Ele é investigado pela Polícia Federal por crimes eleitorais, tanto que foram cumpridos mandados de busca e apreensão no seu gabinete na Câmara e também na sua casa, no condomínio residencial Dhama IV, em Rio Preto. O vereador nega as irregularidades em sua campanha.
O MP ingressou com impugnação da prestação de contas de Marcondes. Nas eleições de outubro, o atual presidente do Legislativo foi reeleito com 8.095, o vereador mais votado de Rio Preto. Agora, cabe a juíza da 312ª Zona Eleitoral, Maria Letícia Pozzi Buassi, analisar os pedidos apresentados pelo promotor nos próximos dias. Caso a impugnação for acatada pela Justiça e as contas forem rejeitadas, Marcondes corre o risco de ter o registro de candidatura cassado e perder o novo mandato. A data do pedido do MP é de quarta-feira (dia 9).
Em recente entrevista à imprensa, o promotor já havia confirmado que, no caso de Marcondes, o foco estaria centrado em um suposto caixa dois, uma vez que o total declarado estaria muito acima do efetivamente gasto na campanha do vereador, assim como a existência de contas bancárias não apresentadas à Justiça Eleitoral. Segundo Hernandez foram “comuns” os casos de candidatos que não fizeram as declarações parciais e periódicas dos gastos, o que constitui falta grave segundo a nova legislação eleitoral.
Outros na mira da PF
Sem citar nomes, o promotor de Justiça Ary César Hernandez confirmou, na quinta-feira (dia 10) que, além do presidente da Câmara e do vereador Maurin Ribeiro (PCdoB) – também investigado por compra de votos -, outros parlamentares de Rio Preto eleitos em outubro também estão sendo investigados pela Polícia Federal. “Há investigações em curso por uso de Caixa 2. Há indícios de subfaturamento dos gastos na prestação de contas e isso está sendo averiguado. Agora está nas mãos dos técnicos. Há alguns casos com algumas coisas a serem revistas”. Ele disse ainda que as doações empresariais que foram proibidas com a chamada minirreforma eleitoral podem ter sido “maquiadas” na tentativa de burlar a lei e que isso também está na mira dos técnicos da PF. (Colaborou Ademir Terradas)
- Nacional2 dias
Conheça como funciona o ‘carro das multas’ que circula em São Paulo
- Cidades2 dias
Em Rio Preto, atleta amador cadeirante é preso por tráfico de drogas
- Cidades2 dias
Polícia Militar prende dois por roubo na madrugada deste domingo em Rio Preto
- Cidades1 dia
Setpar apresenta as sete maravilhas de Rio Preto