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Ex-assessor acusa vereador de calúnia e difamação

Jean Dornelas diz que é vítima de perseguição e desafia ex-aliado a provar acusação de compra de votos

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O ex-assessor do vereador Jean Dornelas (PRB) Weliton Regiani registrou boletim de ocorrência na Central de Flagrantes acusando o parlamentar de calúnia e difamação.  Para fundamentar a acusação, Regiani usou reportagem publicada no site e na versão impressa do jornal Diário da Região, na qual Dornelas acusa o ex-assessor de persiguí-lo e pedir dinheiro a ele, o que poderia caracterizar extorção.

Regiani foi assessor de Dornelas em 2014, quando o agora vereador comandava o Procon, e acabou demitido do departamento em que atuava no início deste ano, por ordem do prefeito Edinho Araújo (PMDB), após acusação de assédio sexual contra uma candidata a estagiária. O caso repercutiu na imprensa local e fez o diretor do Procon, Ésio Pereira, balançar no cargo.

Dornelas é investigado por compra de votos pela Polícia Federal desde o fim do ano passado, quando dois ex-cabos eleitorais o acusaram de recrutar eleitores registrando os números dos títulos eleitorais e as zonas em que votam, o que caracterizaria uma tentativa de monitorar o resultado de suposta compra de votos.

No Boletim de Ocorrência, o ex-assessor alega também que estaria sendo “pressionado” pelo vereador a não entregar à PF gravação de áudio na qual ambos falam sobre o suposto esquema, o que o vereador nega que tenha acontecido. Regiani disse à Polícia Civil que vai entregar o material à Polícia Federal.

“Eu o desafio e faço o mesmo com qualquer rio-pretense que apresente uma prova concreta de que houve compra de votos. Isso não aconteceu. Eu jamais fiz isso. Estão investigando há mais de nove meses e nada foi encontrado. Isso mostra que nunca comprei votos”, afirma o vereador.

O parlamentar admitiu no entanto que pediu votos a pessoas beneficiadas com sua ONG, a SoProcon, que oferece assistência jurídica gratuita a cidadãos de baixa renda. “São pessoas que eu conheço e eu fui até elas pedir voto, sim, mas isso não é crime. Nunca ouve uma imposição de uma troca de benefício por votos. Tanto é verdade, que eu me afastei da entidade durante a eleição. Nem santinhos da minha campanha entraram na SoProcon”, justifica.

Sobre a gravação, Dornelas afirma que trata-se de “um blefe total” para tentar intimidá-lo. “Eu o desafio a apresentar qualquer prova. Jamais comprei voto. Só quero que me deixem exercer o meu mandato”, disse.     

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