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Grupo apresenta alternativa para gestão do Ielar

Proposta que será apresentada pela Organização Social Viva Mais prevê criação de convênio, habilitação como hospital-escola e inclusão no Prosus

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Membros da Organização Social (OS) Viva Mais, que tem sede em Campo Grande (MS), vêm a Rio Preto na quarta-feira, dia 7, apresentar proposta para assumir a gestão do Hospital Ielar – fechado ao atendimento de pacientes desde 29 de março por falta de recursos financeiros. O plano de recuperação para o hospital prevê a criação de um convênio médico próprio e a utilização da estrutura do Ielar como hospital-escola, por meio de parceria com o Centro Universitário Unibrasil, cujos alunos estão matriculados em Fernandópolis.

A OS Viva Mais deve apresentar também um modelo de gestão que promete diminuir os custos fixos do hospital, o que poderia gradativamente diminuir o “rombo” nas contas do Ielar, estimado em R$ 80 milhões. Outra novidade seria a inclusão do hospital no Prosus, programa do governo federal que abate dívidas tributárias por meio de atendimentos gratuitos a população. Ao invés de receber o repasse das consultas, o valor é descontado das dívidas em impostos acumuladas pela instituição.

Hospital-escola

A expectativa é de que só o centro universitário repasse mensalmente valor entre R$ 200 mil R$ 500 mil em troca da utilização do hospital no internato (alunos dos últimos anos) e na residência médica (recém-formados em etapa de especialização). “Isso seria um primeiro ganho. Em longo prazo, assim que os ministérios da Saúde e da Educação credenciarem o Ielar como hospital-escola, o repasse do SUS aumenta em 30%, como prevê a legislação”, explicou o vereador Jean Dornelas, que se reuniu com os diretores da Viva Mais, Jardel Remonato e Eduardo Guerra na quinta-feira, dia 1º, em Campo Grande. Segundo o parlamentar, os alunos ajudariam também a aumentar a mão-de-obra disponível para os atendimentos do Ielar, fazendo diminuir as filas de espera por exames e consultas.

Recursos

Outra promessa na nova gestão é de que o modelo a ser implantado impediria entraves legais como a reprovação das contas de 2010 e 2011 do Instituto Espírita Nosso Lar pelo Tribunal de Contas do Estado, o que obrigou a Prefeitura a interromper o repasse de subvenções ao hospital, agravado ainda mais a situação financeira do Ielar.

Como trata-se de um OS, modalidade jurídica com funcionalidade distinta das ONGs, o “novo Ielar” receberia pagamentos por meio de contrato. Ou seja, a Prefeitura pagaria ao hospital pelos atendimentos considerados complementares ao da rede municipal de acordo com a quantidade de serviços prestados, sem a necessidade de subvenções.

Com essa mudança, que tornaria o hospital uma espécie de terceirizada da Prefeitura, o Ielar deixaria de estar sujeito às avaliações feitas pelo TCE e funcionaria em um sistema semelhante ao de uma empresa particular, mas oferecendo serviços gratuitos.

Procurado pela reportagem da Gazeta, o secretário de Saúde de Rio Preto, Eleuses Paiva, disse que a reunião ainda não foi oficialmente marcada para quarta-feira, mas admitiu que deu aval para Dornelas representá-lo no encontro em Campo Grande e que “está a disposição” para receber a O.S. Viva Mais e a Unibrasil a qualquer momento.

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