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Prefeitura fecha Área Azul em dois bairros a partir de segunda-feira, dia 5

Estacionamento rotativo nos bairros Boa Vista e Santa Cruz será extinto; Emurb entende que setores não apresentam resultados satisfatórios e agentes serão remanejados para o Centro e para a Redentora

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A Prefeitura de Rio Preto extinguiu a Área Azul em duas regiões da cidade e a partir da próxima segunda-feira, dia 5, o estacionamento rotativo nos bairros Boa Vista e Santa Cruz passa a ser livre. A decisão foi tomada pelo prefeito Edinho Araújo (MDB) e a regulamentação deve ser feita por meio de decreto, o que estaria dentro da normalidade, segundo o diretor interino da Emurb, Ângelo Bevilacqua.

O diretor interino disse que o sistema de cobrança nos dois bairros apresenta números deficitários e que a empresa pretende aprimorar o serviço na região central e no bairro Redentora, onde o fluxo é maior. Na Boa Vista existem 902 vagas e no Santa Cruz, 634. “Na Boa Vista, por exemplo, tem dias em que não se vende um único cartão. O custo benefício, portanto, não existe”, afirmou.

Bevilacqua disse que haverá um remanejamento dos agentes que atuam nas duas áreas onde a cobrança vai deixar de existir. “Nós precisamos do trabalho desse pessoal. Não haverá demissão ou coisa parecida. Eles vão passar a trabalhar nos pontos onde a cobrança será mantida, até mesmo para melhorar a qualidade do serviço prestado.”

O encerramento da Área Azul nos dois bairros vai liberar 1.536 vagas de estacionamento (902 na Boa Vista e 634 no Santa Cruz) e deixar Rio Preto com 3.069 pontos de cobrança (1.574 na área central e 1.495 na Redentora).

A proposta de reduzir os locais de cobrança de estacionamento foi feita por Ângelo Bevilacqua, como parte do relatório da auditoria a qual a empresa foi submetida. A conclusão dos levantamentos reforçou a ideia de que era necessário diminuir a abrangência para melhorar a qualidade do atendimento. Bevilacqua afirma que conta com a melhoria na arrecadação para colaborar no ajuste das contas da Emurb. A empresa segue comandada de forma interina por ele e o governo diz não ter previsão de quando um novo diretor será nomeado para assumir de maneira definitiva o comando da pasta. “A ideia é buscar a manutenção da saúde financeira da empresa. Vamos fazer as adequações que julgamos necessárias que a Emurb funcione da melhor maneira possível.”

 

Crise e escândalo

No dia 20 de dezembro do ano passado a Câmara de Rio Preto aprovou, em sessão extraordinária, a liberação de R$ 350 mil para a empresa implantar um aplicativo que possibilitaria fracionar e efetuar a cobrança da Área Azul no formato digital. O novo sistema foi implantado no dia 3 de janeiro e, logo no primeiro dia de funcionamento, apresentou falhas de ordem técnica que impossibilitaram a cobrança. No dia seguinte, foi divulgada a informação de que uma servidora comissionada da Emurb fazia parte do quadro societário da empresa Innovare Cartuchos, que venceu a licitação para desenvolver o aplicativo. A servidora foi exonerada e, posteriormente, o contrato rescindido. A então diretora presidente da empresa, Vânia Pelegrini, também deixou o cargo. A Prefeitura instalou uma comissão de sindicância que promoveu uma série de levantamentos, cujo relatório foi apresentado nesta semana, confirmando irregularidades.

A Câmara aprovou também a abertura de uma CEI para investigar contratos, procedimentos de confecção e venda de talões e até concurso para contratação de pessoal para a empresa. Os trabalhos estão sendo presididos pelo vereador Marco Rillo (PT) e podem levar até 90 dias para serem concluídos.

 

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