Política
CPI da Emurb colhe dois novos depoimentos e aponta para mudanças em conselhos
Presidente da CPI, vereador Marco Rillo (PT) já adiantou que não existe fiscalização de nada dentro da Emurb

A CPI da Emurb que investiga uma série de irregularidades no serviço de Área Azul de Rio Preto ouviu ontem o empresário e presidente do conselho fiscal da Emurb, José Roberto Carsava e a servidora pública Gislaine Pereira. Carsava faz parte do Conselho Fiscal da Emurb e explicou quais as atribuições do grupo de conselheiros. “Realizo um trabalho voluntário e gratuito na Emurb, a cada dois meses o conselho se reúne para analisar a parte contábil da empresa pública.”
Carsava ressaltou que o conselho não tem poder de decisão, mas mesmo assim algumas das sugestões dadas pelos membros foram implantadas no sistema contábil da Emurb. Mesmo assim, ele disse não conhecer a fundo a rotina de trabalho, a estrutura e organograma da empresa pública, já que o conselho apenas tem acesso aos balancetes já consolidados a cada dois meses.
Já a servidora Gislaine Pereira, concursada desde 2002 como fiscal de área azul, mas que a partir de fevereiro de 2017 atuava na supervisão administrativa do sistema de estacionamento rotativo na cidade, explicou aos vereadores como é feito o sistema de trocos aos vendedores, a distribuição de talões e outros procedimentos internos da Emurb. Ela confirmou que o ex-chefe do setor Anilto Alves descontava cheques de terceiros, mas disse desconhecer irregularidades na venda de talões.
O presidente da CPI da Emurb, Marco Rillo (PT), adiantou após nova rodada de depoimento que vai sugerir alterações no conselho fiscal e administrativo da Emurb.
Entenda o que está sendo investigado
A CPI da Emurb investiga uma série de irregularidades envolvendo a empresa pública que entre outras funções cuida da Área Azul Digital. Em janeiro deste ano ficou comprovada a existência de cartas marcadas em licitação para implantação da Área Azul Digital que sequer saiu do papel. Empresa Inovvare Cartuchos, de Wagner Costa, foi a vencedora. Ele próprio admitiu que sabia que seria vencedor na disputa com a conivência de funcionários da Emurb. O valor do contrato foi de R$ 79 mil.
Se não bastasse as graves revelações, ficou demonstrado a venda de talões falsificados por parte de funcionários e desconto de cheques de terceiros com dinheiro da empresa.
A CPI conseguiu na Justiça a continuidade das investigações até 2020 quando encerra a atual legislatura. Vereadores impediram em votação que o prazo fosse estendido, mas decisão mantém as apurações.
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