Política
Ministério Público abre inquérito para investigar irregularidades no tapa-buraco
Entre os fatos apontados em CPI o “conserto” de uma cratera de 571 metros quadrados, na zona norte

Por determinação do promotor de Justiça Carlos Romani serão investigados os serviços de tapa-buracos realizados pela prefeitura de Rio Preto. O promotor abriu ontem inquérito depois de ter recebido relatório final da CPI que investigou serviços no setor, como superfaturamento e irregularidades nas medições dos buracos. Com a abertura do inquérito, a Justiça pode convocar novas pessoas para prestar depoimentos, além de solicitar documentos e ter acesso a dados na Prefeitura referente ao serviço de Tapa-Buraco. Os serviços foram feitos durante o governo do ex-prefeito Valdomiro Lopes (PSB).
A polêmica em torno da cratera
O que mais salta aos olhos depois de finalizada as investigações por parte da CPI na Câmara foi sobre crateras encontradas em medições de contrato de tapa-buraco. Uma delas, na avenida Domingos Falavina, na zona norte, tinha 571 metros quadrados.
A Prefeitura usou o contrato de correção pontual para asfaltar um bolsão de estacionamento na avenida. Outras “crateras” do tipo chamam atenção de vereadores, como quatro 'buracos' em sequência, tapados em dezembro de 2014, na avenida Alberto Andaló, que somam mais de mil metros quadrados. Cada um deles com cerca de 400 metros quadrados.
Em relação a cratera de 571 metros quadrados a Prefeitura recorreu a contrato de serviços exclusivos de tapa-buraco para pavimentar estacionamento em recuo da avenida Domingos Falavina, no Jardim Nunes, bairro na zona norte da cidade. O trecho fica em frente ao clube do sindicato dos metalúrgicos.
O serviço foi realizado em 7 de outubro de 2013 pela empresa Usina do Vale. O contrato para correções pontuais, o popular tapa-buraco, foi assinado pelo ex-secretário de Trânsito Aparecido Capello, durante governo de Valdomiro Lopes. Na época, tanto a pasta de Trânsito, quando a de Serviços Gerais, usaram o mesmo contrato para tapar buracos.
A medição do buracão foi assinada por Roger Aparecido Batista, então na Secretaria de Serviços Gerais, exonerado há duas semanas para acomodar indicado do vereado Fábio Marcondes. Balista ocupava cargo indicado pelo vereador Paulo Pauléra (PP).
Essa cratera foi citada pelo promotor Romani no pedido de agora para abertura de inquérito.
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