Política
Promotor decide nesta semana abertura de inquérito para investigar nomeações na Jari
Entre nomeados estão o secretário de Saúde, Aldenis Borin e subprefeito de Talhado, Pedro Nímer; ambos receberam juntos mais de R$ 47 mil

O promotor Cláudio Santos de Moraes decide nesta semana se abre inquérito para investigar indicações para a composição da Jari (Junta Administrativa de Recursos de Infrações) vinculada a secretaria de Trânsito de Rio Preto. Ao todos são três Juntas que tem como coordenador o próprio secretário da pasta, o engenheiro Amaury Hernandes.
O órgão é o responsável em analisar contestações de motoristas que entram com recursos para invalidar multas aplicadas ou apontar erros na emissão dos autos de infração na cidade.
A nomeação dos integrantes é de responsabilidade do prefeito Edinho Araújo (MDB), por meio de decreto. Entre os nomeados, está Sérgio Pursino. Ele é do PR, partido comandado na cidade pelo vereador Fábio Marcondes, que recentemente fechou acordo com o governo para apoiar Edinho na Câmara em troca da indicação de aliados justamente na Secretaria de Trânsito.
Outro integrante é Jair Igor Gonçalves. Ele é assessor do vice-prefeito Eleuses Paiva (PSD), embora Eleuses tenha se afastado cargo para disputar as eleições deste ano. Ele é pré-candidato a deputado federal pelo PSD.
Também integram a Jari o subprefeito de Talhado, Paulo Nimer Filho, presidente municipal do partido do prefeito, o MDB. De acordo com dados do Portal da Transparência, Nimer recebeu R$ 35,6 mil para participar da Jari neste ano. Também compõe a junta, o secretário de Saúde, Aldenis Borim, que recebeu mais de R$ 12mil este ano.
O que chama atenção na denúncia recebida pelo Ministério Público é que todos estes nomes têm ligações políticas. Entendimento do MP e do próprio Contram (Conselho Nacional de Trânsito) deixa claro que para a composição destas juntas que analisam recursos os indicados devem ter amplo conhecimento sobre a área de atuação, no caso o trânsito.
Cada reunião dos membros para analisar os recursos gera um ganho extra de até R$ 500 reais. Podem ocorrer até nove encontros por mês, ou seja, R$ 4,5 mil reais para cada um.
Os integrantes do governo Edinho deverão ser convocados para prestar esclarecimentos, e se comprovada favorecimento político, poderão ter de ressarcir os cofres públicos em valores reajustados.
A Prefeitura nega que as indicações tenham conotações políticas.
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