Política
Captação de água no rio Grande terá custo de R$ 846 milhões
Megaprojeto prevê buscar água a 60 quilômetros de Rio Preto através de adutoras; água seria suficiente para abastecer população de 700 mil habitantes

A solução para combater o desabastecimento de água em Rio Preto vai custar R$ 846 milhões. O valor corresponde a obra de captação de água do rio Grande, distante 60 quilômetros da cidade. Na quarta-feira, dia 12, em reunião do conselho consultivo do Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Semae), o diretor da Estática Engenharia, de São Paulo, José Marinho Pereira dos Santos, empresa responsável por elaborar o projeto executivo da obra, apresentou os números e detalhes que envolvem a megaobra.
O projeto prevê a construção de uma grande estação elevatória, próximo do rio Grande, na Usina Marimbondo, no município de Fronteira. A segunda etapa é a implantação de grandes dutos no subsolo as margens da BR-153 que traria a água captada no Grande à estação de tratamento de Água do Semae, localizado próximo ao distrito industrial Carlos de Arnaldo. A etapa final seria a condução da água até a ETA (Estação de Tratamento de Água), ao lado da Represa Municipal.
Depois de concluída toda a obra, a oferta de água que atualmente é de 1,7 mil litros por segundo ao dia passaria para 2,7 mil litros por segundo. O abastecimento seria suficiente para uma população total de até 700 mil habitantes, número, que segundo projeções, Rio Preto poderá atingir em menos de 10 anos.
Sobre o projeto
Elaborado durante o governo do ex-prefeito Valdomiro Lopes (PSB) a um custo de cerca de R$ 1,4 milhão, o Plano de Saneamento Municipal, apresenta todas as ações do setor no município, nos próximos 30 anos, como a captação de água no rio Grande.
No dia 24 de novembro de 2015 a Câmara Municipal foi palco de uma audiência pública com representantes da sociedade civil organizada, técnicos do Semae e vereadores que debateu as diretrizes a serem cumpridas pelo município no que se refere ao Plano. Elaborado pelo Semae ele prevê investimentos no setor na ordem de R$ 943 milhões. Mais de metade desse valor será reservado para captação de água no rio Grande.
No final de abril do ano passado, durante coletiva de imprensa, o prefeito Edinho Araújo (MDB), ao lado do superintendente do Semae, Nicanor Batista Júnior, adiantou a reserva de R$ 14 milhões de reais, dos R$ 80 milhões obtidos junto ao governo federal, para elaborar projeto sobre a capacitação de água do sistema Turvo-Grande. O projeto está a cargo da Estática Engenharia, empresa que apresentou menor proposta em licitação concluída em março de 2016.
O contrato com a Estática é de R$ 12 milhões e termina em 2020. Todo o projeto executivo da obra deve ser concluído dentro de um ano. Depois deste período o projeto entra na fase de obtenção de recursos e abertura de licitações. A previsão é licitar a obra em 2021, mas a Prefeitura terá de obter os recursos da União, através de linhas de financiamentos, ou a realização de uma PPP (Parceria Público-Privada). Anteriormente, o valor total da obra girava em torno de R$ 1 bilhão. Agora, depois de realizada a primeira etapa do projeto executivo, o custo caiu para R$ 846 milhões.
Após a apresentação do projeto, o superintendente do Semae, Nicanor Batista, falou sobre a capacidade de viabilizar financeiramente o projeto. “Neste ano, o Semae terá um superávit acima de R$ 50 milhões. Isso significa que podemos levantar um financiamento em bancos de fomento ou no BNDES, com juros subsidiados, pois temos condições de fazer os pagamentos das parcelas. Além disso, existem outros mecanismos que poderão ser utilizados para viabilizar o projeto, como verbas federais”, disse.
No ano passado, quando assinou o contrato com a empresa que realiza o projeto de captação, o prefeito Edinho disse que a água do rio Grande será de grande importância no futuro, já que os dois aquíferos, Guarani e Bauru, poderão não atender a demanda da população. “É a garantia de abastecimento para a população de Rio Preto. Hoje os nossos aquíferos estão sobrecarregados e a busca de água no rio Grande se mostra a melhor solução”, destacou à época.
Atualmente, o Semae produz 3.900.000m3 por mês de água tratada, sendo 25% originários da ETA – Estação de Tratamento de Água; 50%, dos 340 poços do Aquífero Bauru; e 25%, dos oito poços profundos do Aquífero Guarani. A quantidade é suficiente para abastecer os 450 mil moradores de Rio Preto, mais a população flutuante da cidade, que somados aproximam-se dos 500 mil habitantes.
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