Política
Derrotados na corrida pela Prefeitura de Rio Preto se manifestam
Para alguns candidatos derrotados, este é o início de uma caminhada política e para outros é o ponto final na tentativa de conseguir ser eleito pelo voto popular
Oito dos nove candidatos derrotados no primeiro turno na eleição municipal de Rio Preto se manifestaram sobre o resultado. Alguns, muito decepcionados. Outros, resignados. E tem aqueles que veem no futuro próximo chance de se tornar uma liderança política forte na cidade.
A Coronel Helena se pronunciou na madrugada desta segunda-feira. Embora derrotada no primeiro turno, é a grande surpresa das urnas, cuja votação a credencia como nova liderança política em Rio Preto. Ela é a novidade na vida pública local. Ela agradeceu os 55 mil votos, o seu partido e parabenizou e desejou sorte ao prefeito Edinho Araújo pela vitória.
Filipe Marchesoni, do Partido Novo, deixa claro que a eleição é o começo da construção de uma liderança no seu campo político. Ele não lamenta a derrota e agradece aos 4.214 mil votos e projeta o seu desejo: “Rio Preto ainda será essa cidade tão desejada por nós e eu tenho certeza que juntos, somando forças, nós conseguiremos tornar isso possível”. Fica claro que a candidatura não foi chuva de verão e que ele veio para ficar.
O médico Paulo Bassan, que disputou o cargo pelo PRTB, disse que fez “uma campanha gloriosa, que me dá muito orgulho. Partido pequeno, sem dinheiro, sem TV, sem rádio, equipe de novatos e candidatos inexperientes”. Ele disse que conseguiu reunir um grupo excelente. “Nosso grupo já faz parte do panorama político de Rio Preto” e que há 8 meses ele sequer existia. Bassan recebeu 6.261 votos.
Quem faz um agradecimento extremamente politizado é o candidato do Partido da Democracia Cristã, DC, Rogério Vinicius. Em texto publicado no Facebook ele agradece quem acreditou e lutou com ele o que chama de “batalha”. E diz que a eleição mostrou duas coisas: “o voto tem preço sim. Sem recursos não se faz campanha” e que “o voto do Edinho custou pelo menos 3 x mais que os meus”. Despede-se afirmando que a luta continua. O candidato recebeu 1.487 votos.
A professora Celi Regina, candidata derrotada do PT, agradeceu “cada eleitor que confiou em mim. A luta não acabou, afinal: quem defende você é o PT!”, disse ela. Neste domingo, ao votar, ela já dizia que não acreditava que o PT tivesse uma boa votação. A eleição fez parte da reconstrução da imagem do partido. A candidata do PT recebeu apenas 3.571 votos.
O candidato do PDT, Carlos Arnaldo, não foi bem. Teve apenas 2.314 votos. É a sua segunda tentativa de ser prefeito de Rio Preto. Na eleição passada foi mais bem votado. Ele disse que “eleições a gente ganha e perde. O que não pode é perder a dignidade, o caráter e se vender por uns cargos ou outros interesses.”. Carlos Arnaldo foi apoiado pelo PV e pela Rede de Sustentabilidade. Agradeceu os votos recebidos e afirma que está de “pé no tatame”.
Carlos Alexandre, do PCdoB, obteve apenas 526 votos, 0,26% do total de eleitores. Ele se penitencia: foi uma “sova na vaidade e na arrogância de se pensar com o melhor projeto ou por acreditar que bastava ser formado em Administração Pública”. “Uma inexpressiva votação, para não dizer uma vergonha”, afirma em um balanço de quase dez páginas que escreveu ainda na madrugada desta segunda-feira. Mas, disse que após militar por 20 anos não podia se furtar ao debate.
O vereador Marco Rillo, candidato a prefeito de Rio Preto na eleição deste domingo pelo Psol, acredita que embora a esquerda tenha sido “desmantelada por consequência da difamação das elites, dos falsos cristãos” ela começa a se reerguer e iniciou sua recuperação. Ele acredita que o Psol de Rio Preto sai fortalecido. Com uma estrutura limitada Rillo ficou em 5º lugar com 8.299 votos. Ele lembra que o Psol vai disputar capitais como São Paulo e elegeu vereadores no país inteiro. Apenas em São Paulo foram seis. Em Rio Preto, um – seu filho João Paulo.
Marco Casale foi o terceiro colocado na disputa, com 9.894 votos. Boa votação em relação aos candidatos menores, mas muito distante dos dois primeiros colocados. Até o fechamento dessa matéria, Casale não havia se manifestado sobre o resultado das eleições. A Gazeta de Rio Preto entrou em contato durante todo o dia com sua assessoria, em busca de um parecer do candidato, mas não obteve retorno.
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