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Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 18 de março

O jornalista Rubens Celso Cri traz na coluna Giro Político as principais notícias da política

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Como será?

São fortes as articulações da direção nacional do PSDB para retirar João Doria da disputa presidencial. Aécio Neves declara que a candidatura do governador é “a morte anunciada” do partido. Comentaristas da Globonews dizem que se ele deixar a pré-candidatura ele será candidato à sua reeleição dando uma rasteira em Rodrigo Garcia. Se for assim, o que fará Rodrigo Garcia?

Vai mal em casa

Ontem (17), uma pesquisa da Quest aponta que João Doria tem, no estado, 3% das intenções de votos para a presidência. Uma nova coligação que está sendo formada entre PSDB, União Brasil e MDB dá motivo para a direção nacional cancelar a prévia vencida por ele e indicar um novo candidato.

E Vinholi?

A coluna afirmou que Renato Pupo (PSDB) é candidato a deputado estadual em uma dobradinha com o deputado federal licenciado e secretário estadual do Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi (PSDB), de Catanduva. A informação é que Vinholi não é candidato à reeleição a federal. Vai se dedicar à coordenação da campanha de Rodrigo Garcia. Se nada mudar, na candidatura à presidência, claro.

Haddad no sertão

O primeiro colocado na pesquisa Quest para o governo do estado de São Paulo é Fernando Haddad (PT, com 24% das intenções de voto). Haddad desembarca em Rio Preto e região nos próximos dias. A direção local do partido ainda não tem uma data definitiva. Especula-se que vai ser no final deste mês.

Recuo

João Paulo Rillo (Psol) colheu os frutos ao ser contra a cessão de área para o projeto Maquininha do Futuro. Sem qualquer justificativa, Anderson Branco (PL) pediu vista (adiamento) de um projeto de utilidade pública do Centro Cultural Vasco. Mostrou que aprendeu bem com o mestre Fábio Marcondes (PL). Ele articulou e negou título de utilidade pública para a Associação dos Amigos dos Mananciais (AAMA). Branco, mais contido, apenas adiou a votação. Na época em que Marcondes reprovou o pedido da AAMA, mostrou que foi disputa política com a AAMA. A sessão terminou com um tapa na cara de um adolescente e a frase “eu não devo satisfação do meu mandato”. Nosso grande homem púbico.

A Coronel pode ser a vice de Tarcísio

Tarcísio de Freitas (sem partido), pré-candidato ao governo paulista indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), pode abraçar a Coronel Helena como candidata a vice. Tarcísio estuda indicá-la. Bolsonarista raiz, Helena, ex-chefe de segurança do Palácio dos Bandeirantes, mesmo sendo militar (perfil do vice buscado por Tarcísio) é mulher e negra. Qualidades que a extrema direita não gosta muito. A Coronel tinha companheiro.  A oposição disse foi para continuar recebendo a pensão do pai, que foi militar por anos. Se casou perto da eleição municipal. 

Elefante

Pedro Roberto falou na tribuna que o Hospital Domingo Braile, na Região Norte, só vai funcionar no 2º semestre. O prefeito Edinho Araújo (MDB) não negou. Preferiu apenas dizer que está sendo criterioso na elaboração do edital que vai definir a Organização Social (OS) que vai administrar o estabelecimento. Quando Rodrigo Garcia anunciou a verba para a mobília, foi divulgado que a unidade abriria as portas no 1º semestre. A verba foi demonstração de força de Renato Pupo no governo estadual. A articulação foi em nome do Parlamento Regional. O presidente do Parlamento é Pedro Roberto, que não falaria sem ter certeza.

 Sair do foco

A estratégia é antiga, mas ainda tem quem caia. Com os recentes aumentos nos combustíveis, o governo Bolsonaro achou outra polêmica para jogar no ventilador. O caso da censura ao filme “Como é se tornar o pior aluno da escola” ganhou os noticiários da noite para o dia. Bancada religiosa da Câmara de Rio Preto se mexeu, criticou a obra, mas não citou Marco Feliciano e Carlos Bolsonaro, o Carluxo, extrema direita evangélica, elogiaram o filme. Resultado: moção de repúdio do Anderson Branco contra o filme e a Netiflix, na próxima sessão. Vai passar, mas com um delay de anos. 

Boca suja

Plenário da Câmara tem virado mesa de boteco nos últimos anos. Agora, a palavra “merda” vem sendo repetida por Bruno Moura (PSDB) ao usar o microfone. Palavra de baixo calão e quebra de decoro. Ninguém dá ouvidos. Os movimentos do PSDB mostram que Moura é um quase vereador. Afastado das atividades partidárias pelo diretório estadual, enfrenta o Conselho de Ética tucano por não defender Doria. O Conselho só não votou, mas já se decidiu pela expulsão. A briga pode parar nos Tribunais. Marco Vinholi, anunciou que também quer a cadeira do vereador. Ele não pode deixar o partido na atual janela partidária. Cesar Gelsi, o suplente, deve estar mais feliz que pinto no lixo.

JC 2?

O papel de Bruno Moura ultimamente tem sido promover o projeto Maquininha do Futuro. Fundado por ele, a Organização Social tem ganhado incentivos do poder público. Do ano passado até agora, foram duas concessões de áreas. A prática contraria o Regimento Interno da Casa. Pode dar em cassação. Moura é da base e essa punição está descartada. Usar a administração para levar vantagem não passa impune na opinião pública. Carlão do JC, ex-vereador nunca mais foi eleito depois que vendeu materiais de construção para a Prefeitura.

Apanhar em casa, não

Por enquanto, nada abala Moura. Um rebelde no ninho tucano. Ele continua com os mesmos argumentos que colocou na defesa escrita que apresentou ao Conselho de Ética do partido. A estratégia é dizer que o PSDB não aceita algo novo e atacar aqueles que o ajudaram a elegê-lo. Moura só mostra que não respeita hierarquia partidária. Atitude que pode dificultar a busca por uma legenda no futuro. Ele bate no Doria. Ninguém gosta de apanhar dentro da própria casa. “People don't change”, dizia Hugh Laurie no aclamado seriado “Doutor House.”

Os dinos e os novatos

Foi adiada por 25 sessões a votação para a mudança das sessões. Os dinossauros da casa, que antes foram favoráveis às duas sessões às terças, demonstram cansaço e estão quase que pedindo a Deus para voltar a uma sessão por semana. São os veteranos Paulo Paulera (PP), Celso Luiz Peixão (MDB), Jorge Menezes (PSD) e Jean Charles (MDB). Eles sabem que o bicho pega (na eleição) para os próprios vereadores. Os calouros, contrários à mudança, podem pagar caro. O povo sabe bem que a briga interna que impede o povão de acompanhar as sessões vai ser usada nas eleições. A história vai ser usada. Não se espantem quando disserem que a mudança foi, na verdade, para impedir a população de acompanhar os trabalhos. Esse segundo discurso ganha força quando lembramos que eles ficam doloridinhos quando aparecem nos famosos quadrinhos nas redes sociais.

De Mozart ao Ditinho sanfoneiro

O piano que estava na Câmara Municipal foi doado para a Secretaria de Cultura e já foi embora. O instrumento, da década de 1970 foi visto pela primeira vez no auditório (que não existe mais) da Casa de Cultura. De lá, foi para o Teatro Municipal, usado por grandes concertistas brasileiros, e a pianista rio-pretense que fez concertos em Nove Iorque, Araceli Chacon. De lá, seguiu para o almoxarifado onde ficou por anos. Acabou na Câmara. Volta para a Secretaria de Cultura. Os últimos a tocá-lo na Câmara foram o Ditinho sanfoneiro (que trabalha na garagem da Câmara) e pelo vereador Robson Ricci (Republicanos). Coincidência ou não, Ricci tocou a fatídica trilha sonora do filme Titanic.

 

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