Política
Mãe de autista diz que secretária de Educação ‘não entende nada do assunto’
Ela ocupou a Tribuna Livre e disse que o município não cumpre duas leis que tratam do tema

Patrícia Nascimento Magnani, mãe de um aluno com Transtorno de Espectro Autista (TEA) disse durante o uso da Tribuna Livre na sessão da Câmara na tarde desta terça-feira (3) que a secretária de Educação, Fabiana Zanqueta, não cumpre a legislação para a inclusão e equidade na rede municipal de ensino. “Não entende nada do assunto”.
Zanqueta esteve numa reunião de trabalho na manhã desta terça-feira na Câmara e disse que os vereadores precisam aprovar uma emenda para garantir na legislação as regras para regular a função de professores especializados para essa clientela. Patrícia diz que já existem duas leis municipais normalizando essa obrigação da Prefeitura. Uma de 2008 e outra de 2012.
Ela também desmentiu a secretária, que disse que a secretaria municipal prepara os professores que acompanham as crianças com necessidade especial. As professoras com cursos especializados fazem com dinheiro do próprio bolso e em cursos particulares. Ela apresentou uma dessas professoras que estava presente acompanhando sua explanação.
Na reunião na manhã de ontem, Zanqueta afirmou que a secretaria está preocupada com a inclusão das crianças. Mas Patrícia afirmou que a inclusão sem a equidade, que também é uma obrigação legal, não funciona. A inclusão abriga a criança, mas a equidade faz com que elas sejam educadas iguais às outras.
Ela fez um relato de mães que sofrem e não sabem o que fazer. Ela, com curso superior, tem condições de tratar a sua filha. Centenas de mães ficam desesperadas em saber o que fazer. As crianças com Dow, TDH e Espectro Autista têm tratamento diferenciado.
Ela também disse que as escolas particulares também descumprem a legislação. Sua filha saiu de uma escola particular, que não cumpre a Lei, e descobriu que na escola pública a situação é a mesma.
Além de professores especiais, as leis garantem uma unidade com pessoal da Saúde. Mas denunciou que os profissionais da Saúde (estagiários em psicologia) não são preparados e que acabam funcionando como auxiliares. “Eles dão comida, levam as crianças ao banheiro” e a função não é essa. “É ensinar”.
O presidente da Comissão de Saúde, Renato Pupo (PSDB) decidiu que vai realizar uma audiência pública, com a presença de mais mães e da secretária, para continuar discutindo o problema, que é grande e grave.
-
Cidades1 dia
Bom Prato oferecerá almoço especial em homenagem ao Dia dos Pais
-
Cidades1 dia
Após dirigir com braço para fora do veículo, motorista tem mão amputada por placa
-
Cidades1 dia
Favela Marte será primeira comunidade do Brasil conectada a tecnologia 5G
-
Cidades1 dia
Rio-pretense ganha R$ 1 milhão no sorteio da Nota Fiscal Paulista