Política
Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 28 de outubro
Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias da política regional

Emenda impositiva
A proposta de emenda impositiva do vereador Bruno Moura (Patriota) deu o que falar na última sessão da Câmara de Rio Preto. Enquanto alguns defenderam que o dinheiro não vai ser liberado para o parlamentar, outros insistiram que a verba será usada como forma de agradar os eleitores para as futuras eleições. De maneira velada, tem vereador que defende a linha de que o uso do recurso seria para garantir o “pedágio” no futuro. Um dos que se mantém irredutível em concordar com o projeto é Renato Pupo (PSDB). O tucano e o ex-tucano protagonizaram um bate-boca com direito à remembers.
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Enquanto Moura acusava Pupo de algo que não quis dizer exatamente o que é, se mantendo apenas em dizer “você não é o santinho que tenta ser” e “seu passado não é dos mais limpos”, o delegado jogou uma afirmação no ar. O tucano soltou, mais uma vez, que “é só puxar a ficha de cada um de nós” e insistiu que Moura deveria expor o que sabia. O homem cheio de músculos não falou e, depois de proferir até palavras de baixo calão sabendo da presença de crianças nas galerias, deixou a tribuna pisando alto.
Didática
As crianças estavam acompanhando a professora da Escola Municipal Alzira Valle Rollemberg, Sandra Zanatta Rodrigues, que usou a tribuna para falar sobre a revitalização do córrego Piedadinha. Além da lição sobre meio ambiente, os alunos puderam aprender sobre o orçamento impositivo. João Paulo Rillo (PSOL) fez questão de explicar a proposta aos estudantes. O psolista também defendeu uma ampla discussão a respeito do assunto. O lamentável é que, apesar do debate ser importante, as crianças não precisavam ser expostas à falta de respeito por parte dos parlamentares. Ninguém se desculpou pelas cenas infelizes.
Mais exposição
O projeto das emendas impositivas vem sendo amplamente debatido por diversos setores da sociedade. Apesar de ter os contrários e os favoráveis, de forma geral, os que não concordam têm feito mais barulho. O assunto tomou as redes sociais depois que Pupo assinou a proposta. Para justificar que foi uma atitude equivocada, o tucano fez um vídeo dizendo que os assessores teriam colocado a assinatura eletrônica no documento sem a autorização dele. Nem precisava tanto estardalhaço. Em um passado recente, vereadores da bancada conservadora assinaram o projeto de Rillo para a criação do Conselho LGBTQIA+, depois de reprovarem o mesmo texto do Executivo em plenário. A justificativa da maioria foi que, em nome da democracia, o assunto deveria ser discutido, mesmo que não concordassem com o tema. Os mesmos que assinaram, garantindo o debate, votaram contra o texto sem, aparentemente, considerar nenhum argumento.
De novo
Mais uma vez a discussão em torno de moções com assuntos nacionais deu o que falar na Câmara de Rio Preto. Agora, o tema central das propostas foi a prisão do presidente do PTB e apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Roberto Jefferson. O ex-deputado ganhou os noticiários depois de atacar os policiais federais que tentavam cumprir um mandado de prisão. Diante da repercussão, os vereadores votaram um ‘combo’ de propostas de repúdio apresentadas por Rillo. Chamou a atenção de quem estava no plenário as falas de Jean Charles (MDB) e Odélio Chaves (Progressistas). Ambos foram contrários e alegaram que o texto apresentado pelo psolista tinha cunho ideológico. Chegou a dizer, o coronel aposentado que já defendeu que não houve ditadura: “como se não houvesse agressão a jornalistas em outros governos”.
Teses
Fazia tempo que não se via o plenário tão agitado como estava na última sessão. Um dos motivos foi o adiamento das votações de dois projetos do Executivo que liberaria quase R$ 50 milhões para a Saúde e para recapeamento. Pelos bastidores corriam duas teses: a primeira era que o governo não teria explicado direito a destinação dos R$ 40 milhões e a outra, que haveria um motim entre os vereadores porque o fim do mandato do prefeito estaria próximo e não há possibilidade de reeleição. A primeira tese é válida porque, de fato, não houve explicações ainda. O governo já teria sinalizado que vai explicar, mas ainda nada. No entanto, a segunda tese é mais viável, já que a primeira não explica os motivos dos parlamentares terem segurado também os R$ 7,4 milhões para a Saúde.
Prerrogativa
Além do possível motim ter um caráter eleitoreiro, teria outra razão para a revolta dos parlamentares. Alguns falam que seria uma “retaliação valdomirista”. Vereadores que apoiaram a eleição de Valdomiro Lopes agora estariam fazendo pressão em Edinho Araújo por mais espaço no governo. Ao ser questionado sobre o motivo de pedir o adiamento da verba para a saúde, Bruno Marinho (Patriota) mudou até o semblante no rosto e respondeu com o dedo em riste apenas: “é uma prerrogativa do vereador”.
Nota zero
Uma servidora do Departamento de Recursos Humanos da Câmara acabou se tornando alvo da ira do vereador Diego Mahfouz (MDB). Recém-chegado à casa, a funcionária teria ido orientar o parlamentar sobre o gabinete ficar fechado por muito tempo. Vale lembrar que o gabinete é composto por três assessores nomeados, além do próprio parlamentar. A orientação foi no sentido de que ao menos um desses integrantes estivesse presente para atender a população. Porém, em determinados momentos do dia, a porta fica trancada. O professor nota 10 não gostou do puxão de orelha e gritou com a moça. A gritaria foi tão alta que era possível ouvir de outros andares. Com o barraco, a servidora informou que a partir de agora só irá tratar com o gabinete de forma institucional, ou seja, através de e-mail ou do sistema interno. Ainda revoltado, o parlamentar questionou a Diretoria Geral se a atitude era só com ele e, com um novo barraco, Diego Mahfouz alegou estar sendo vítima de racismo.
Falta muito para dezembro
Eleições para Presidente da Câmara continuam sendo o centro de muita articulação. Não é para menos. São dois anos de mandato com o poder de colocar ou deixar de colocar projetos na ordem do dia, sem contar os cargos de livre nomeação, os chamados apadrinhados, e outras tantas articulações possíveis na casa. O nome de Karina Caroline (Republicanos) continua em evidência. Ela, que já teria ganhado a simpatia de Eleuses Paiva e dos vereadores do PSD, conta também com o colega de partido Robson Ricci, além do atual presidente Pedro Roberto (Patriota). As tratativas com Pupo e Jean Charles também estariam mais adiantadas. Outro nome que aparece como possível apoio da parlamentar seria Francisco Júnior (União Brasil). O voto de minerva continua com Rillo.
Não vem
Candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) não vem para Rio Preto antes do segundo turno das eleições. Nem o candidato ao Governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A dificuldade de encaixar uma passadinha pela cidade na agenda foi confirmada por Eleuses Paiva. O médico que está à frente da campanha da dobradinha na cidade tinha até prometido que os direitistas iriam passar pelo interior antes da segunda parte da disputa. “São muitos compromissos em um prazo muito apertado. Não foi possível encaixar a visita na agenda”, explicou o ex-vice-prefeito. De toda forma, Eleuses garantiu que a campanha foi intensa.
Homenagens
Para comemorar o dia dos servidores públicos da Câmara, celebrado nesta sexta-feira (28), a associação da categoria proporcionou um café da manhã especial na garagem do prédio para os filiados. Aqueles que não fazem parte da entidade puderam participar mediante pagamento de uma taxa simbólica de R$ 10. Para não deixar os terceirizados de fora do banquete, Paulo Pauléra (Progressistas) desembolsou R$ 310. Óbvio que a atitude não passou despercebida. Disseram que foi uma forma de Pauléra garantir que os funcionários falem bem dele pelos corredores e, de forma indireta, contribuam para que o vereador vire o Presidente da Câmara
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