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Empresa da região rebate acusação de assédio eleitoral

Justiça investiga uma das maiores empresas de bebidas do país, com sede na região

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A Bebidas Poty, uma das maiores empresas de bebidas do país, com sede na cidade de Potirendaba, negou que tenha praticado assédio eleitoral com os funcionários, depois da audiência, realizada nesta sexta-feira (28), com o Ministério Público do Trabalho (MPT).

A empresa é investigada depois que vários funcionários relataram que estão sofrendo pressão para votarem no atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Os trabalhadores relataram que receberam material partidário nos seus números pessoais de WhatsApp e são chamados em grupos dentro da fábrica para ouvirem dos diretores da empresa sobre os motivos para votarem em Bolsonaro.

“Fazem pressão psicológica. Dizem que vão fechar a fábrica se o Lula ganhar. Meu voto é secreto. Eu escuto, mas vou votar no Lula. Eles querem voltar na época dos senhores de engenho. Querem é nos escravizar, nos tirar direito até do voto”, afirmou um dos funcionários, que não quis se identificar.

“Eles estão perseguindo agora. Falaram que vão mandar embora quem denunciar e que vai perseguir a gente na cidade. Eles se acham donos da cidade”, disse outro trabalhador.
Uma audiência está marcada entre a Bebidas Poty e o Ministério Público para esta sexta-feira (28). Os funcionários afirmaram em denúncias que recebem pressão do diretor, José Luiz Franzotti, proprietário da empresa, e da sua ex-mulher, a prefeita da cidade, Gislaine Montanari Franzotti, que é uma das sócias da Poty.

A própria Prefeitura da cidade também está sendo investigada pela Justiça. “Os Franzotti estão desesperados. O Zé não era assim, ele tá ficando lunático, infelizmente. Parece que o mundo vai acabar se o candidato dele não vencer”, afirmou um supervisor da empresa, também sem querer revelar o nome.

Por meio de nota, a empresa informou que nenhum de seus mais de 1.000 colaboradores é assediado, coagido ou perseguido para que se posicione em relação a qualquer situação, inclusive na sua preferência eleitoral.
A empresa também declarou que tem convicção de que a denúncia realizada pela CUT é uma acusação sem provas e está sendo devidamente apurada em inquérito conduzido pelo Ministério Público do Trabalho.

A nota esclarece ainda que a empresa aguarda a finalização do inquérito para buscar a responsabilização legal de quem promove denúncias falsas com o único objetivo de prejudicar a empresa.

Já a prefeitura de Potirendaba declarou que nenhum servidor público municipal foi perseguido, coagido ou assediado durante esta gestão e ressaltou que a Prefeita tem sim um posicionamento político, mas ela não concorda, não compactua e repudia qualquer tipo de ato que atente contra a liberdade de expressão de cada um.

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