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“Pequena diferença de votos deve se repetir no segundo turno”, diz analista político

Reações violentas depois da apuração dos votos é vista como improvável

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O resultado considerado apertado no primeiro turno das eleições presidenciais deverá se repetir no domingo (30), no segundo turno, de acordo com o advogado e analista político Henrique Casseb. Foram 6,2 milhões de votos de diferença entre os primeiros colocados, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). A polarização política do eleitorado garantiu que, juntos, os dois principais concorrentes ficassem com 91,63% dos votos.Lula ficou na frente, com 57.292.504. Bolsonaro, por sua vez, teve 51.072.345 votos. Somados, os nove concorrentes tiveram 9.897.870 de votos, menos de 1% dos dois primeiros colocados que seguiram para a disputa do segundo turno. Para Casseb, mesmo que a diferença de votos seja pequena entre os dois protagonistas do pleito à presidência da República, é pouco provável que haja uma reação violenta por parte dos apoiadores do perdedor. “Incitar a violência e alegar fraude sem provas, significa dar satisfação a um grupo de eleitores que usufruiu de fake news, mas pode significar a perda de quase metade do eleitorado para as próximas eleições”, afirmou. O segundo turno das eleições paulistas também deve influenciar diretamente nas atitudes dos candidatos ao fim da apuração. Apoiador de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está em um embate direto com o correligionário de Lula, Fernando Haddad (PT), pelo governo do Estado. A Pesquisa do Ipec, divulgada na última terça-feira (25), indicou um empate técnico dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais. Tarcísio de Freitas se manteve com 46% e o candidato do PT oscilou para 43%. “Se a derrota de Bolsonaro se confirmar, qualquer postura nesse sentido [de incitar violência] é um atestado de derrotismo desnecessário para quem terá o Governos de São Paulo, uma fatia significativa de eleitores e maioria no Congresso”, avaliou Casseb. Ainda de acordo com o analista, um pós-eleição conturbado não faz parte da história do país. “O Brasil é um país pacífico e não cabe a nenhuma liderança política a incitação da violência. Acredito que será inevitável uma ressaca eleitoral regada a fake news sobre fraudes não comprovadas e teorias da conspiração que em nada contribuem para a democracia, mas não acredito em atitudes extremistas e nem mesmo em uma violência generalizada”, afirmou. Os candidatos a presidente e governador de São Paulo não fizeram campanha em Rio Preto para o segundo turno. Havia a expectativa de que Bolsonaro e Tarcísio participassem de uma motociata e carreata, adiada às vésperas do primeiro turno, mas a hipótese já foi descartada pelo apoiador da dupla e ex-vice-prefeito, Eleuses Paiva.

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