Política
Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 6 de janeiro
Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional
“Agora sim”
A posse do aclamado presidente da “Câmara”, Paulo Pauléra (Progressistas), foi oficializada em uma sessão solene, realizada na casa, na terça-feira (3). O plenário estava repleto de autoridades da cidade e também da região. As galerias estavam, na maioria, ocupadas pelo primeiro e segundo escalão do governo Edinho Araújo (MDB). Quando Pauléra assinava o termo de posse, foi possível ouvir uma voz feminina dizendo “agora sim”.
Dois anos de atraso
Pauléra chega à presidência com dois anos de atraso. O vereador, que agiu como líder informal do governo na Câmara, era o preferido de Edinho na eleição interna de 2021. No entanto, Pedro Roberto (Patriota) agiu rápido pelos bastidores e conseguiu apoio da maioria. Venceu por um voto de diferença. Jean Charles (MDB) foi o vereador que decidiu a eleição. Na época, aliados do prefeito classificaram a atitude como “uma bolada nas costas”. Enfim, foi reestabelecida a paz entre os poderes.
Nem foi tão ruim assim
Edinho não escondeu o contentamento com a eleição de Pauléra. Distribuiu sorrisos e não poupou elogios. Também não economizou em posar para fotos. Questionado sobre a avaliação do biênio de Pedro Roberto, o prefeito fez uma avaliação direta. “Mesmo que Pedro Roberto tenha se posicionado contra o governo por diversas vezes, principalmente em votações importantes, foi um presidente democrático que nunca deixou de discutir as pautas relevantes para a cidade”, avaliou Edinho.
No plenário
Na cadeira do presidente, ainda estava Pedro Roberto. Ao lado dele, Edinho. Ambos cochicharam e sorriram no início do evento. Os vereadores ocuparam as cadeiras do plenário. Presentes estavam Odélio Chaves (Progressistas), Bruno Marinho (Patriota), Robson Ricci (Republicanos), Jorge Menezes (PSD), João Paulo Rillo (PSOL) e Celso Peixão (MDB), que registrava tudo em vídeo nos intervalos em que deixava o assunto de pé de orelha com Pedro Nimer de lado.
Na mesa
A mesa foi composta pelo antigo chefe da Polícia Militar da região, Carlos Enrique Forner, o deputado estadual Itamar Borges (MDB) e a primeira-dama Maria Elza Araújo, além do prefeito Edinho Araújo e do então presidente da Câmara, Pedro Roberto. Também estavam presentes alguns membros da próxima Mesa Diretora: o novo presidente Pauléra, o vice-presidente Anderson Branco (PL), a primeira-secretária Karina Caroline (Republicanos) e o segundo-secretário Diego Mahfouz (MDB). O terceiro-secretário, Bruno Moura (Patriota), não compareceu. Disseram que ele estava fora da cidade. Porém, o vereador acompanhou a posse online.
Participação online
Representantes de entidades e autoridades que não puderam estar presentes na posse de Pauléra encaminharam vídeos de congratulações. O deputado federal Fausto Pinato (Progressistas) chamou o vereador de “fiel escudeiro e conselheiro”. O presidente da OAB Rio Preto, Henry Atique, colocou a entidade à disposição do Legislativo. A função da Câmara foi exaltada pelo promotor Carlos Romani, que falou em fortalecimento, assim como o bispo Dom Antônio Vilar, que ressaltou a importância de uma “resposta às necessidades do povo”. Presidente da Acirp, Kelvin Kaiser, falou em diálogo e Fábio Marcondes, secretário de Esportes, lembrou que esteve ao lado de Pauléra por duas vezes.
Onipresente
Itamar Borges também encaminhou um vídeo, que foi reproduzido. Presente na mesa, o deputado sorriu ao se ver na TV. Ainda assim, o parlamentar, chamado de “onipresente” pelo cerimonialista, fez questão de usar a tribuna. Itamar Borges demonstrou conhecimento sobre os entes do governo municipal. Chamou os secretários pelo nome e colocou Edinho como “o melhor prefeito desta cidade”. A rasgação de seda foi recíproca.
“Minhas mancadas”
Se Cazuza precisou levar mil rosas roubadas para conseguir desculpas pelas mentiras e mancadas, não se sabe. A licença poética de um dos maiores artistas da música brasileira cabe somente a ele. Por aqui, ainda é válido o ditado que diz “cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém”. O exagero do evento ficou por conta de Edinho, que chamou o trevo que será construído no cruzamento das rodovias Washington Luís e BR-153 de “o maior trevão do Estado”.
Alhos e bugalhos
Ainda no discurso, o prefeito escorregou quando disse que o Hospital Municipal vai desafogar o Hospital de Base e a Santa Casa. Oras, se o HB não atende baixa e média complexidade, como assim “vai desafogar”? Sabemos bem que o SUS não é conhecido por atendimentos preventivos.
Reprovou
Todo prefeito que comparece na Câmara rouba o protagonismo dos vereadores e com Edinho não seria diferente. O chefe do Executivo se transformou no foco dos presentes e todo gesto e atitude dele foram observados. Momento único e digno de ser classificado como “cringe” foi quando Anderson Branco assumiu a cadeira de presidente. O titular, Pauléra, se dirigiu à tribuna para o discurso de posse. Como um garoto de 7 anos, Branco se sentou e tocou a campainha. O vereador teria sido o protagonista, se não fosse olhar de reprovação de Edinho.
Quase presidente
Branco ficou realmente deslumbrado com a cadeira e não escondeu isso de ninguém. Depois da tentativa de descontrair o clima, o vereador continuou em êxtase. Lá de cima, ele falava e gesticulava ao filho, que estava na galeria. Também fez poses para que o assessor registrasse todos os momentos dele ali. Foi possível vê-lo até acariciando a haste do microfone que, mesmo desligado, estava bem posicionado. Os cochichos e as risadinhas chegaram no ápice quando a jornalista da TV Câmara foi fazer o registro. Branco olhava para Pauléra, que estava na tribuna, e ao perceber a câmera mudou para uma atitude faustosa.
Muita explicação
Ao fim da sessão, Edinho falou com a imprensa. Ele foi questionado sobre uma possível reforma no secretariado e descartou a medida dizendo que está contente com todos os secretários. Ao ser informado de que nem todos os secretários estão contentes com o governo, Edinho quis um nome. Ele foi colocado a par da notícia de que Pedro Ganga, chefe da Cultura, não está muito feliz e rebateu: “Ganga é um chorão. Ele não coloca na conta as reformas dos prédios da Cultura, principalmente do Teatro Municipal. Eu queria reformar o museu José Antônio da Silva, mas ele não me apresentou nenhum projeto. Assim fica difícil”.
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