Política
Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 26 de maio
Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

Liberdade econômica em pauta
Ex-ministro da Agricultura de Fernando Collor, o rio-pretense Antônio Cabrera, marcou uma conversa com empresários da indústria de Rio Preto. O encontro será no dia 29, no Ciesp Noroeste Paulista, em comemoração ao Dia da Indústria. O evento deverá abordar questões sobre a liberdade econômica na indústria. “Ele trará uma visão única sobre os desafios e oportunidades enfrentados pela indústria”, disse Aldina D’Amico, diretora do Ciesp na região.
Parlando
Parlamento é lugar de falar. “Parler”, do francês, na etimologia da palavra. Em bom português, “câmara ou conjunto de câmaras constituídos por representantes eleitos para exercerem o Poder Legislativo (federal, estadual, distrital ou municipal)”, consta no site do Senado Federal. No entanto, sobra reclamações dos vereadores sobre a falta de tempo para falar em plenário. Principalmente na tribuna.
Parlando muito
Não é de hoje que os vereadores tentam fazer com que os tais cinco minutos regimentais de uso da Tribuna sejam encaixados em um momento de destaque da sessão. Eles só não encontraram ainda qual seria esse momento de destaque. Muda regimento, mandato após mandato, e até agora nada. A demanda mais recente é aumentar o tempo, que tem sido curto para que os parlamentares deixem seus recados.
Lá vem mudanças
Como exceder o tempo disponível tem sido a regra da casa, surgiram muitas reclamações. E é claro que as reclamações geraram propostas de mudanças. O Projeto de Resolução apresentado por Jorge Menezes (PSD) aumenta de cinco para dez minutos o tempo que o vereador vai poder usar a tribuna. A verdade é que ninguém quer saber do tempo de liderança, que são dez minutos e pode ser usado por qualquer vereador, desde que autorizado pelo líder da bancada.
Os motivos
Menezes está cumprindo a promessa de usar a Tribuna da Câmara toda semana para falar da Secretaria de Serviços Gerais. Críticas é o que não faltam. O vereador já chamou o chefe da pasta, Ulisses Ramalho, de “carça apertada”, “Pinóquio”, “mentiroso” e outros tantos adjetivos. Em uma das sessões, o vereador excedeu o tempo de fala e o microfone foi cortado. Fez-se um silêncio sepulcral no plenário para ouvir Menezes. Momentos de silêncio absoluto são raros por ali.
Inquérito sem previsão
Muita gente tem relacionado a reação de Menezes ao episódio do incêndio registrado na chácara dele, no dia 24 de março. Dizem até que dois suspeitos já teriam sido identificados pela Polícia Civil por meio das imagens de câmeras de segurança. O delegado responsável pelo caso, Paulo Buchala, disse que o inquérito que apura o caso está sob sigilo e não tem previsão para ser encerrado. “Realizamos oitivas e encaminhamos material para a perícia. Isso é tudo que tenho a dizer. Sabemos que a sociedade quer uma resposta, os eleitores querem uma resposta, mas não há nada de concreto até agora”, afirmou Buchala.
Malas prontas, pero no mucho
Abandonado pelo partido no primeiro dia de mandato, Pedro Roberto (Patriota) já disse que está de malas prontas e adiantou que vai desembarcar no Republicanos. O mesmo destino deve ter Celso Peixão (MDB) que, apesar de não confirmar a futura mudança, também não negou. Agora chegou a vez de Jean Dornelas (MDB) que confirmou estar “conversando com um dos três maiores partidos do Brasil”. O vereador revelou que pretende concorrer ao cargo de deputado e procura um lugar para chamar de seu.
Partido com nome e sobrenome
“Meu partido é Itamar Borges”, declarou Dornelas, se referindo ao deputado estadual pelo MDB. “Só vou para um partido que estiver no grupo do Itamar e com ele”, completou. A legenda que ascende, neste caso, é o União Brasil. O partido estaria em busca de um nome, além do vereador e atual presidente Francisco Júnior, para aumentar a representatividade no Legislativo rio-pretense. Geninho Zuliani, ex-deputado federal e candidato a vice-governador, já declarou que não pretende concorrer a cargo público em Rio Preto.
O que ele quiser
Geninho está trabalhando como secretário geral do União Brasil e esteve em Rio Preto como ex-parlamentar para entregar equipamentos, comprados com emendas destinadas por ele, ao Rancho de Luz. O local foi fundado por dona Eurides Garcia, mãe de Rodrigo Garcia. Na ocasião, Geninho afirmou que Orlando Bolçone “pode ser o que ele quiser”, ao responder se o partido vai manter o nome do atual vice-prefeito como um possível candidato a Prefeito.
Um de cada lado
A assinatura da ordem de serviço das obras de infraestrutura da Favela Marte, antiga Favela da Vila Itália, contou com um evento simples, realizado no canteiro de obras. Foi apenas uma cerimônia para oficializar o início da construção. Marcaram presença os deputados estaduais Itamar Borges (MDB) e Valdomiro Lopes (PSB). Um de cada lado da mesa, diga-se de passagem. Eles acompanharam atentamente o discurso do secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco. Nas fotos oficiais da Prefeitura, apenas Itamar aparece. Aparentemente Valdomiro foi cortado.
Memória curta
Enquanto a mesa organizada, uma adolescente abordou Marcelo Branco e perguntou sobre o que será feito para melhorar o acesso do local. A jovem foi precisa ao falar de alças de acesso e passarelas. Quando o secretário explicava que eram passos de uma próxima etapa, Valdomiro interrompeu e garantiu à adolescente que vai assinar emendas parlamentares destinando verba para as construções. Ao final dos discursos, o deputado foi questionado sobre as promessas que fez à jovem. Ele respondeu que o assunto ainda precisa ser estudado.
Mais erros
Um estudo mais detalhado nos relatórios de impacto financeiro a serem causados pelos reajustes salariais dos políticos, apresentados pelo Executivo e pelo Legislativo, mostra certos “esquecimentos”. Especificamente a respeito do impacto nas finanças da Câmara, é possível perceber que só consta o reajuste aplicado aos 23 vereadores. Os salários dos parlamentares que vão ocupar as seis cadeiras, a partir de 2025, foram esquecidos. Matematicamente falando, são R$ 4.053.199,34. O documento traz um número 13% menor.
Reaberta
A licitação para o desassoreamento da Represa Municipal foi reaberta pelo Semae. A concorrência pública para o serviço de retirada os resíduos do fundo dos Lagos I e II e no trecho do córrego dos macacos localizado entre a rua Benvindo Mariano Mendes até a marginal Avenida Mario Andreaza deverá ser concluída até o dia 29 de junho. O custo continua de R$ 25,4 milhões. O processo tinha sido suspenso “porque houve considerações técnicas feitas pela CETESB após visita in loco”, disse nota da autarquia.