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Confira os bastidores da política desta quinta-feira, dia 8 de junho

Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

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Garoto propaganda

Fábio Marcondes (PL), atual secretário de Esportes, vai estampar as propagandas do partido que circularão pela TV. A informação é do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, que esteve em Rio Preto nesta semana. O vereador licenciado também já foi colocado como o candidato do PL a prefeito e “não há como abrir mão de disputar a Prefeitura em Rio Preto”, completou o correligionário de Jair Bolsonaro (PL).

Direita rachada

A afirmação de Costa Neto vem respaldada por uma informação que soou como uma grande ameaça: “Bolsonaro não vai em uma cidade onde o PL tiver um candidato a vice. O cara é um fenômeno e vai transferir, pelo menos, 30% dos votos”. Essa postura também acaba fazendo com que uma possível aliança entre PL e Republicanos, ou seja, entre Coronel Helena Reis e Marcondes, seja quase que completamente descartada.

Argumentos sólidos

Costa Neto deixou bem claro os motivos da postura do partido. A primeira, e mais importante, é que o PL tem o triplo de tempo de TV do Republicanos. A segunda é que Marcondes já galgou por vários cargos políticos, “construiu uma importante e venerável carreira política e agora é a vez dele”. Por fim, “o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) reconhece a mágica de Bolsonaro de transferir 30% dos votos, já que se elegeu sem ele nunca ter morado em São Paulo”.

Sem radicalismo

Diferentemente dos mais apaixonados por Bolsonaro, Costa Neto tem uma visão mais estrategista do jogo político. Ele anunciou que, apesar do ex-presidente ter tirado a direita do armário, um candidato de extrema direita seria um erro. No caso de as pesquisas pré-período eleitoral apresentarem um cenário onde Helena Reis (Republicanos) se destaca mais que Marcondes, a responsabilidade de escolher o caminho do PL será do presidente municipal da legenda, Luiz Carlos Motta.

Escapuliu

As falas de Costa Neto sobre Bolsonaro facilmente causariam infarto nos mais extremistas. Nos discursos feitos, tanto na sede regional do partido quanto no almoço dos correligionários, o ex-deputado disse coisas como: “Bolsonaro não é político e não tem tendência para isso”, “o PL não tem interesse em cidades pequenas”, “Bolsonaro ganhou uma rejeição muito grande na pandemia por falar aquelas bobagens” e “estava cheio de militar do lado dele e os caras não entendem de política”.

Vítimas do Judiciário

Para Costa Neto, Bolsonaro pode se tornar tão vítima do Judiciário quanto o presidente Lula (PT). Isso porque o ex-presidente pode se tornar inelegível por conta de ataques ao sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores. Segundo o ex-deputado, apesar do Judiciário paranaense, especificamente Deltan Dallagnol e Sérgio Moro, terem elementos contra Lula, eles “ultrapassaram os limites da lei”. “Se Bolsonaro for condenado pelo TSE, será o maior crime da história do Brasil”, completou Costa Neto.

Na toca

A tão sonhada oposição ferrenha contra o PT tem acontecido de forma pulverizada nos partidos de direita. Bolsonaro ainda não botou a cara publicamente para ser o “líder da oposição”, como tinha prometido. “E nem vai”, segundo Costa Neto. O presidente do PL disse que o ex-presidente da República não está focado em fazer oposição agora e que o foco é estar envolvido com o partido. “Ele é militar. Chega no diretório às 7h30 da manhã e não está a fim de fazer oposição agora”.

Desequilíbrio

O nome de Roberto Jefferson (PTB) não ficaria de fora da conversa com Costa Neto. Ao falar do ex-parlamentar, o presidente do PL disse que a cirurgia bariátrica causou transtornos psicológicos ao ex-líder do PTB e isso o fez denunciar o esquema do mensalão. Mais uma vez, Costa Neto negou que houve mensalão e disse que tudo foi uma invenção de Roberto Jefferson, que “não fez acompanhamento corretamente e passou a sofrer de problemas de cabeça”. “Todo mundo tinha caixa dois”, acrescentou Costa Neto.

Almoço com simpatizantes

A visita de Valdemar Costa Neto a Rio Preto mobilizou a região. No almoço, servido pelo partido no clube dos médicos, foi possível encontrar políticos como os prefeitos de Cedral, Olímpia e José Bonifácio. Quem marcou presença, e saiu antes mesmo do discurso terminar, foi o prefeito de Mirassol, Edson Ermenegildo (PSDB). Da cidade, estavam os vereadores Rossini Diniz (PL), Celso Peixão (MDB), Paulo Pauléra (Progressistas) e Bruno Marinho (Patriota). Só não estava Anderson Branco (PL), fomentando os boatos de que ele estaria de malas prontas para o Patriota.

Na caça de filiados

A movimentação do PL está sendo relativamente silenciosa e isso ficou bastante evidente no encontro. Em algumas conversas, foi possível levantar os nomes dos mais cotados pela legenda. Gi Franzotti (PTB), atual prefeita de Potirendaba, é um. Conhecida por ser contra a vacina da Covid-19, a política disse que vai mudar de sigla e se juntar aos simpatizantes da causa. O vereador João Paulo (PSDB), de Mirassol, e Bruno Marinho, de Rio Preto, também são tidos como certos no partido.

Só nas frutinhas

No clube dos médicos, o almoço era por conta do diretório regional do PL. Muita gente que chegou ali, já chegou com fome. Eram esperadas cerca de 100 pessoas, mas apareceram umas 300. O jeito foi atacar as frutinhas. A comida demorou para sair e a fila era enorme. Teve muitos que foram embora sem almoçar. O vereador Rossini Diniz falou ao telefone que “ainda bem que tinha uns abacaxis e uvas para salvar”. Era mais de 14h e a fila do buffet ainda estava imensa.

Mudando de tom

Jorge Menezes (PSD) mudou o tom com o secretário de Serviços Gerais Ulisses Ramalho e disse que não guarda rancor. Ao usar a tribuna, na última sessão, o vereador agradeceu o presidente do Patriota pelos serviços realizados em uma praça, mas não deixou de alfinetar. “Precisava demorar três anos para fazer uma reforma? De tudo isso, quem saiu mais prejudicado foi a população. Eu não saí prejudicado. A reforma não era para mim. Era para o povo!”. Mesmo com um clima mais ameno, Menezes ainda estourou o tempo de fala dele.

Defensores do aumento

Bruno Moura (Patriota) voltou a dizer que vive da renda de vereador e por isso quer aumentar o salário da categoria. Ele tem certeza que será reeleito para o próximo mandato. O vereador defendeu que o salário é baixo e que está defasado há mais de dez anos. Anderson Branco, outro que tem certeza que está reeleito, aumentou um pouco mais dizendo que a defasagem é de 20 anos. Ambos defendem o reajuste com base em uma “correção inflacionária” de 180%. Ninguém disse que o salário mínimo não acompanha a inflação e que ficou abaixo do índice algumas vezes, nos últimos 20 anos.

A conta não bate

Moura expos alguns colegas de plenário ao dizer que são favoráveis ao aumento nos bastidores e falam para a imprensa que são contra. O plenário foi invadido por uma troca de olhares que causou um verdadeiro climão. Dizem que há uma emenda pronta para reduzir o índice, mas ela ainda não foi protocolada na casa. Os vereadores parecem que perderam aquele medo que tinham no início do mandato de aparecerem em quadrinhos nas redes sociais. Depois vão reclamar.

No front

O policial federal que disse por diversas vezes que prendeu o Lula (PT) e que, na campanha eleitoral de 2022 estava na frente de um confronto entre petistas e bolsonaristas no centro de Rio Preto, acompanhado de Carla Zambelli (PL), chegou a se acomodar no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas não esquentou lugar. Alegando falta de contingente, a Polícia Federal (PF) fez Danilo Campetti voltar para Rio Preto.

Solidariedade

Campetti é o segundo suplente do Republicanos na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp) e está sendo colocado na posição de vítima de perseguição do governo petista. Apesar de estar em segundo, é o primeiro na linha de sucessão, pois a coronel Helena Reis está confortável na Secretaria Estadual de Esportes. Na última sessão, o vereador bolsonarista Cabo Júlio Donizete (PSD) falou explicitamente de perseguição política e declarou que quer Campetti como deputado estadual. O parlamentar seguiu o discurso de Moura que falou em retaliação política.

Construções

Não é novidade que o presidente do PDT de Rio Preto, Abner Tofanelli, está tentando viabilizar uma chapa para ganhar as eleições de 2024. Ele foi o décimo candidato a vereador mais bem votado de Rio Preto. Ficou de fora da legislatura por causa do quociente eleitoral e, justamente por causa disso, é valorizado no meio político. Apesar dele ter assumido estar conversando com Ulisses Ramalho, há quem diga que a aliança é certa e não agrada a alguns filiados. Dizem até que tem gente pronta para sair da legenda.

Alianças passadas

O homem de Ciro Gomes em Rio Preto ainda pode pender para o lado do deputado estadual Valdomiro Lopes (PSB). Lembrando que ambos estiveram muito próximos na última eleição e que, naquele momento, era esperado até uma continuidade no relacionamento. Segundo o próprio Abner, o ex-prefeito segue no silêncio. “Ele não me chamou para conversar ainda sobre as eleições do ano que vem”, disse o presidente do PDT.

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