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CPI do 8 de Janeiro remarca depoimento de Mauro Cid

O coronel Lawand, um dos interlocutores do ex-ajudante-de-ordens de Bolsonaro, já foi ouvido

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Edilson Rodrigues/Agência Senado/Divulgação

A CPI do 8 de Janeiro adiou para a próxima terça-feira (11), o depoimento do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante-de-ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL). O militar está preso desde 3 de maio, acusado de fraudar cartões de vacinação. A oitiva estava inicialmente prevista para esta terça-feira (4). 

Encontradas em perícia da Polícia Federal (PF), mensagens no seu celular com outros militares, como o coronel Jean Lawand Junior, tratavam de um possível golpe de estado. Diante disso, foi requerido o depoimento de Mauro Cid na CPI. Lawand já depôs em junho, e teve sua versão desacreditada por parlamentares da base do governo e da oposição.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que Mauro Cid é obrigado a prestar depoimento à comissão parlamentar mista de inquérito. Ele pode ser acompanhado por advogados e tem o direito de ficar em silêncio para não responder perguntas que o incriminem.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) é autor de um dos requerimentos de convocação de Mauro Cid. Para o parlamentar, há indícios de que o ex-ajudante-de-ordens de Bolsonaro participou da articulação de um golpe de estado. “Mauro Cid teve conversas com outro auxiliar do ex-presidente, Ailton Barros, nas quais houve trama para abolir o Estado Democrático de Direito no Brasil. Na conversa, Ailton afirma que o golpe precisaria da participação do comandante do Exército ou de Jair Bolsonaro, e que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes deveria ser preso”, afirma o senador.

Para o senador Fabiano Contarato (PT-ES), autor de outro requerimento de convocação, as mensagens mostram que Mauro Cid pode ter envolvimento “com a conspiração que levou aos atos de violência do dia 8 de janeiro de 2023”.

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