Política
Relatório da CPMI do 8 de janeiro será apresentado nesta terça-feira (17)
Documento de 900 páginas foi elaborado durante mais de quatro meses e será lido pela senadora Eliziane Gama (PSD)

A senadora Elisiane Gama (PSD), do Maranhão, vai apresentar, nesta terça-feira (17), o relatório da CPMI do 8 de janeiro com mais de 900 páginas, após quatro meses e meio de investigações. Oficialmente, os trabalhos da comissão se encerrariam apenas em 20 de novembro, mas por falta de acordo e por liminares do Supremo Tribunal Federal (STF) contrárias à CPMI, o presidente Arthur Maia (União Brasil), da Bahia, decidiu cancelar os depoimentos das duas últimas semanas e antecipar a entrega do relatório.
Desde então, a senadora Elisiane Gama recebeu sugestões de outros integrantes da comissão e da sociedade civil. Segundo ela, o parecer será baseado nas oitivas e nas centenas de documentos que chegaram ao colegiado.
Elisiane Gama vai sugerir a criação do memorial em homenagem à democracia a ser instalado na parte externa do Senado, reforçando que o Brasil é um estado democrático de direito e que, no dia 8 de janeiro de 2023, a democracia foi atacada.
O senador Randolfe Rodrigues (REDE), do Amapá, considera que o relatório da CPMI vai auxiliar as investigações em andamento da Polícia Federal e do próprio Supremo, que já condenou, há mais de dez anos de prisão, seis réus pelos atos do dia 8 de janeiro. “Não acho que isso vai ser prejudicado, acho que a CPMI será auxiliar ao trabalho de investigação que está sendo feito pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal. É possível ser feito pelo que já é de notório conhecimento público. E tem muita coisa que já é de notório conhecimento público”.
O senador, Ezalci Lucas (PSDB), do Distrito Federal, já apresentou um voto em separado, apontando que houve omissão por parte do Governo Federal no dia dos ataques. Ele pediu o indiciamento do ministro da Justiça, Flávio Dino, e do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Lula, General G Dias.
Outro voto em separado será entregue por um grupo de deputados e senadores da oposição. Flávio Bolsonaro (PL), do Rio de Janeiro, antecipou que o documento vai destacar as prisões de manifestantes e que a acusação de golpe, pelo ex-presidente Bolsonaro, não se sustenta. “Ficou muito claro que seria um crime impossível, já que se fosse bem sucedido o que aconteceu no dia 8 de janeiro, simplesmente não teria nenhuma consequência prática, não ia ser destituído o governo, não ia ser dissolvido o Supremo ou o Congresso, então não há de se falar em golpe, isso conseguiu demonstrar bastante”.
Na reunião desta terça-feira (17), Elisiane Gama terá o tempo que quiser para fazer a leitura do resumo do relatório. Em seguida, a oposição terá uma hora para tornar público o voto em separado.
Todos os integrantes da CPMI terão dez minutos para se manifestar sobre os documentos. Se houver pedido de vista, ou seja, mais prazo para a análise do relatório, o presidente da Comissão já convocou uma nova reunião para a quarta-feira (18), destinada à votação do parecer oficial. (Com informações da Agência Senado)
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