Política
Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 10 de novembro
Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

Estratégia
O ex-vereador pelo PT, Marco Rillo, anunciou o retorno ao partido depois de um tempo na legenda-irmã, o PSOL, e surpreendeu muita gente. A saída dele da legenda de Lula, em 2020, foi criticada pelos petistas mais raiz e classificada como um abandono do barco, que já estava à deriva. Naquele momento, uma crise gigantesca assolava o PT e o então ex-presidente Lula estava na iminência de parar atrás das grades. O resto, todos sabemos.
Porta dos fundos
Na época, a treta foi tão feia que a presidente do PT, Celi Regina, chegou a declarar que Marco Rillo saiu do partido pela porta do fundo e de forma desrespeitosa com os companheiros. O ex-vereador foi o último bastião da família Rillo, deixando para trás a tentativa de negociar uma aliança na disputa pela Prefeitura nas eleições de 2020. Com chapas concorrentes, Marco Rillo conseguiu 8.299 votos (4,08%) e Celi Regina, 3.571 votos (1,76%). Em meio à pandemia e escorregadas frequentes da direita, a esquerda não conseguiu angariar os 15.346 eleitores que fizeram questão de anular o voto.
Missão
Marco Rillo chega ao PT com a missão de conseguir se lançar candidato a prefeito. À princípio, não importa se o candidato a vice é do PSOL ou de qualquer outro partido que compõe as duas federações envolvidas. A do PT tem ainda o PV e o PCdoB. Já o PSOL está federado com o Rede. Como federação, a teoria diz que todos devem andar juntos. A prática, no entanto, já nos mostra que é “tiro, porrada e bomba” para tudo que é lado. E tudo começou muito antes das eleições.
Desafio
O grande desafio de Marco Rillo, no entanto, está dentro do próprio PT. O partido está dividido em, pelo menos, três grupos. O menor deles é a favor de declarar apoio ao deputado estadual Itamar Borges (MDB) e o mediano, em número e força interna, defende o nome de Marcelo Henrique, ex-presidente da OAB Rio Preto. Marco Rillo chega para fortalecer o grupo maior, que defende com unhas e dentes uma aliança com o PSOL. Na verdade, o ex-vereador foi puxado para o partido para fortalecer o último grupo, encabeçado pelos dirigentes.
Ex-PSOL
O convite feito ao Marco Rillo veio no fim de semana, em meio ao feriado de finados. A formalização foi regada a café, na varanda da casa do ex-vereador, em um dia de muito calor e sem a deliberação formal dos filiados. Por mais que pareça que o negócio tenha sido feito às pressas, na verdade não é bem assim. A ação da executiva petista foi devido ao princípio de motim formado pelo grupo que já havia convidado Marcelo Henrique. O advogado foi dirigente do PSOL antes da chegada de João Paulo Rillo e toda a turma.

Resgatando
Em 2018, João Paulo Rillo migrou do PT para o PSOL e não foi sozinho. Ao levar uma grande, e importante parcela dos petistas mais ativos e próximos a ele, conseguiu se eleger presidente da legenda. Culminou que, na mesma época, Marcelo Henrique estava começando a traçar uma linha de política institucional e planejava se lançar para a presidência da OAB Rio Preto. A saída da política partidária era necessária e estratégica ao advogado.
Toma lá, dá cá
A midiática filiação de Marco Rillo seria uma forma de tirar o foco da possível chegada de Marcelo Henrique. O advogado ainda não afirmou se aceita a proposta, mas disse sentir falta da política partidária. A verdade é que Marcelo Henrique tem a chance de tomar o PT e até passar a comandar a legenda no futuro. A convenção do partido deve acontecer ainda em novembro, conduzindo Celi Regina para a presidência até 2025, e o prazo final para filiação daqueles que vão disputar as eleições é abril do ano que vem.
Chapa
Enquanto os petistas se digladiam na disputa interna ainda precisam economizar forças para se preocuparem em formar uma chapa de vereadores. Celi Regina, que já tirou o nome da disputa à Prefeitura, está com planos de voltar à Câmara e vai investir todos os esforços nisso, mas só depois de organizar o partido. Nomes para vice, agora, já não faltam mais. Os mesmos que se omitiram em disputar o cargo de prefeito, como Cacau Lopes, Plínio Gentil e até Márcio Ladeia podem entrar na lista.
Punição
A primeira sargento Valquíria Faganelli foi expulsa da Polícia Militar, conforme publicação do Diário Oficial do Estado, na última quarta-feira (8). Ela disputou o cargo de vice-prefeita pelo partido Democracia Cristã, ao lado de Rogério Vinícius, colega de legenda, nas eleições de 2020. A expulsão dela, no entanto, não tem cunho político. Faganelli foi flagrada prestando atendimento terapêutico remunerado em duas ocasiões, em 2022, quando estava em período de afastamento médico de ordem psiquiátrico para cuidar da saúde mental.
Sombra sem água fresca
A secretária do Meio Ambiente, Kátia Penteado, virou alvo dos vereadores durante as últimas sessões. Ela foi achincalhada pelos parlamentares que estão recebendo muitas reclamações dos podadores de árvores por multas aplicadas. Em meio às críticas, surgiu até a disputa de quem seria o dono de mais um bordão criado dentro da Câmara: “pode uma árvore e ganhe uma multa”. Bruno Marinho (Patriota) diz que foi o criador, mas quem publicizou foi o atual presidente da Casa, Anderson Branco (PL).
Posse do prefeito
O prefeito interino Paulo Pauléra (Progressistas) passou por um sufoco em tom de brincadeirinha durante a cerimônia de transmissão de cargo. Devidamente convidado, estava presente Itamar Borges. Em um momento de descontração, mas com um fundinho de verdade, o deputado se dirigiu ao vereador e disse: “espero que não pegue gostinho pela cadeira de prefeito para não me dar trabalho”. O evento teve até reza e a benção de um frei.
Posse do presidente
Outra torta de climão foi servida durante o evento de posse do novo presidente da Câmara. Ocupando o cargo interinamente pelo período de dez dias, Anderson Branco passou por uma cerimônia tímida. Na ocasião, o presidente da Acirp, Kelvin Kaiser, aproveitou para alfinetar o vereador que travou a votação do projeto que libera a instalação de equipamentos que possibilitam a chegada da internet 5G. O jeito que Branco deu foi fingir demência.
Mãos de ferro
Branco está mostrando que não gosta das sessões e tem sido muito criticado por isso. Os vereadores estão reclamando que não estão tendo tempo para falar na tribuna, principalmente para concluir raciocínio. O atual presidente tem dado apenas 30 segundos para cada parlamentar concluir a fala. Ao fim de cada período, o microfone é cortado e, para os mais prolixos, é problema na certa. Vários já reclamaram e a desculpa é que tem que agilizar o andamento da sessão.
Anais
Com menos de uma semana no posto de presidente, Branco já apresentou um Projeto de Resolução para ficar nos anais da Câmara. O vereador quer que os ex-presidentes das últimas três legislaturas que ocuparam a cadeira da presidência pelo prazo ininterrupto de pelo menos sete dias tenham a foto colocada na galeria de ex-presidentes. A proposta tem a mesma linha daquela que obriga a Prefeitura colocar o nome dos vereadores licenciados em placas de obras.

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