Política
Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 1º de março
Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

Caminho certo
Depois de gritar desnecessariamente em plenário, João Paulo Rillo (PSOL) fez aquilo que tinha que ter feito desde o início e conseguiu o que queria, ao menos por enquanto. O vereador que fez um verdadeiro auê na semana passada, finalmente recorreu à Justiça para conseguir validar a CPI das Terceirizadas e deu tudo certo. Rillo entrou no eixo do bom senso e ganhou a chance de descobrir que a gritaria da esquerda só leva ao descrédito em terra de conservadores.
Para comemorar
Depois da decisão liminar da Justiça mandando instaurar a comissão, ficou tudo mais fácil ainda para Rillo. Os vereadores da base que tentaram enterrar a CPI, Jean Charles (MDB) e Francisco Júnior (União Brasil), além de Cláudia de Giuli (MDB) e Robson Ricci (Republicanos), declinaram de participar do sorteio para relator, membro e suplente da comissão. Os cargos ficaram com Pedro Roberto (Republicanos), Jorge Menezes (PSD) e Renato Pupo (PSDB), respectivamente. Agora é se deleitar com a situação.

Arregou
O fato de Robson Ricci ter declinado de participar de forma ativa da CPI pegou muita gente de surpresa. Ele, que foi o último vereador a assinar o requerimento do pedido de investigação, colaborou de forma ativa e definitiva para realizar o desejo de Rillo e, na última hora, correu do ringue. Ricci é vereador de primeiro mandato e já presidiu uma CPI que foi considerada fraca demais. Dizem que ele poderia ter aproveitado a chance de trabalhar ao lado do psolista para ganhar mais experiência.
Sorriso farto
Quem ficou realmente feliz com o resultado, mesmo que seja um desfecho ainda provisório, foi Jorge Menezes. Desafeto esclarecido do secretário de Serviços Gerais, Ulisses Ramalho, um dos alvos indiretos da CPI das Terceirizadas, o vereador não escondeu a alegria com a decisão da Justiça e a vontade de integrar a comissão antes mesmo da formalização da mesma. A rixa entre ambos é pública e notória e não é de agora.
Nota oficial
Sumido depois de ter perdido o mandato da Câmara, Diego Mahfouz (MDB) quebrou o silêncio após a instauração da CPI e divulgou estar feliz agora. “Após todos os estudos que realizei, resolvi assinar, pois já não aguentava mais ver tantos trabalhadores levando o calote destas empresas terceirizadas e até com dificuldades para sustentar suas famílias”, disse o professor, por meio de nota. Ele ainda lamentou o que chamou de “manobra conjunta” do prefeito Edinho Araújo (MDB) e do presidente da Câmara, Paulo Pauléra (Progressistas), para enterrar a comissão.
Injustiçado
Na nota, o ex-vereador também afirmou que sofreu uma “grande injustiça” ao ter o mandato “violentamente encerrado” após assinar a CPI das Terceirizadas e propor a CPI da Educação. “Desejo sorte e um ótimo trabalho aos vereadores que compõem a CEI das Terceirizadas. Contem com o meu apoio irrestrito. Este governo precisa ser investigado”, completou Mahfouz. Dentro do MDB, o professor se tornou alvo da Comissão de Ética e corre o risco de ser expulso do partido.
Novidades
Antes mesmo da liminar da Justiça, definindo a abertura da CPI das Terceirizadas, Rillo protocolou outro pedido de CPI. Desta vez, ele mirou diretamente na Secretaria de Serviços Gerais. O vereador apontou a presença de um funcionário fantasma na pasta e as questões já tratadas anteriormente sobre a Fazendinha. O requerimento continua lá e já foi assinado por Pedro Roberto, Jorge Menezes e Renato Pupo. Estranhamente Ricci ainda não concordou com o pedido.
Tambores
Parece que o assunto CPI tem rondado o Legislativo e não faltam ideias para futuras investigações. Na última sessão, na terça-feira (27), o vereador Bruno Moura (PRD) falou sobre investigar a empresa Constroeste, responsável pela coleta de lixo. E não só isso! Ele também disse que a empreiteira ganha todas as licitações para obras e vive de aditivos de contratos. Moura ressaltou que não vai deixar de denunciar os “desmandos” da empresa na cidade, mesmo que receba diversas mensagens pedindo para que se cale.
Terceirização de mandato
Por mais que a fala de Moura tenha sido realmente dura em relação à empresa e a qualidade dos serviços prestados à população, nada foi feito de forma efetiva. Não há requerimento para abertura de investigação e, pelo jeito, não vai ter. Na tribuna, o vereador não tomou para si a responsabilidade de propor uma CPI. Muito pelo contrário. Moura deu a entender que algum vereador tem que fazer isso. Pedro Roberto reagiu rápido e disse que, se houver requerimento, assina. Agora é só esperarmos sentados por uma CPI.
Garganta
Durante a audiência pública da Saúde, realizada na quarta-feira (28), Moura aproveitou para ganhar aplausos. Em um momento em que os presentes deveriam fazer pergunta aos apresentadores dos dados da pasta, Moura pediu a palavra e criticou o deputado estadual Valdomiro Lopes (PSB). O vereador cobrou que o parlamentar pare de criticar a Saúde da cidade e use o mandato para fazer algo de efetivo. Até que Moura tem razão, mas conseguiu apenas atrapalhar o andamento dos trabalhos.
Novo secretário
A crise na Saúde tem sido um assunto recorrente na Câmara e a demissão do secretário da pasta, André Baitello, não passou despercebida. Um dia depois de assumir o posto, o novo secretário, Adilson Vedroni, já participou da audiência pública no Legislativo e já pontuou situações importantes que a pasta enfrenta. Mesmo que Rillo tenha chamado Vedroni de “interventor”, o fato é que um gestor jurista pode ser mais interessante neste momento. Os problemas da pasta são todos de ordem administrativa, não de saúde pública.

Garantia
Como prova de que é um problema de administração na pasta, Vedroni falou tecnicamente sobre os apontamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) nos contratos entre a Prefeitura de Rio Preto e a Funfarme. Ele explicou que são apontamentos sobre serviços que estão sendo realizados e pagos, mas que não deveriam estar no contrato. Para minimizar as consequências à população, a solução foi chamar os aprovados em concurso.
Dengue
A secretária de Educação, Fabiana Zanquetta, foi diagnosticada com dengue e cancelou a participação em uma reunião de trabalho convocada pela comissão permanente da criança e do adolescente, chamada por Renato Pupo, na Câmara. O vereador explicou, na tribuna, que a chefe da pasta apresentou dois atestados médicos para justificar a necessidade de remarcar a data. Pupo se mostrou impaciente e disse que não aceitará mais desculpas. Os vereadores cobram soluções sobre a mudança dos horários de aulas.
Homenagem
O vereador Anderson Branco (sem partido) é o autor de uma homenagem ao secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite. A proposta é dar ao oficial da reserva da Polícia Militar a Medalha 19 de Julho e o Diploma de Gratidão. Na justificativa, Branco citou o envio de emendas parlamentares à Santa Casa e Hospital de Base, além da presença na inauguração das reformas no Batalhão de Polícia Ambiental. Branco continua sem partido, apesar de não ter ainda comunicado oficial do desligamento dele do PL.
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