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PT deve ter candidato próprio na disputa pela prefeitura de 13 capitais

Petistas apoiarão partidos da base do governo federal nas outras capitais; Lula entrará na campanha em áreas polarizadas

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Foto: Ricardo Stuckert

A politica de respeito às alianças partidárias que compõem a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ser mantida nas eleições municipais em 2024. Para evitar o confronto com aliados e acomodar os interesses de todas as legendas, os petistas já admitem que devem ter candidaturas próprias disputando as prefeituras de apenas 13 capitais do país.

Os petistas escolhidos para disputar as capitais já estão praticamente definidos. Impasse, apenas em Fortaleza (CE) e João Pessoa (PB). O diretório do PT do Ceará deverá escolher seu candidato entre seis nomes que brigam para representar o partido nas urnas. Entre os postulantes, a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), que já governou a cidade e que neste momento aparece à frente dos demais concorrentes.

Já em João Pessoa, a disputa está mais fechada. Os deputados estaduais Luciano Cartaxo e Cida Ramos disputam uma guerra interna pela vaga de candidato do partido à prefeitura. O primeiro já governou o município em duas oportunidades.

A corrida de candidatos pela presença de Lula em suas campanhas deve se repetir em 2024. Porém, o presidente da República priorizará capitais onde houver polarização evidente com candidaturas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Este será o cenário de algumas cidades. Entre elas, Goiânia (GO), onde a deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO) enfrentará o seu colega de parlamento Gustavo Gayer (PL-GO) e o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), duas das principais forças do bolsonarismo no Congresso Nacional. Os três aparecem próximos nas pesquisas recentes.

Em Porto Alegre (RS), o atual prefeito Sebastião Melo (MDB), terá em sua chapa o atual vice-prefeito, Ricardo Gomes (PL), e terá o apoio de Bolsonaro na busca pela reeleição. Na outra ponta, os petistas apostam na deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que deve receber Lula em seu palanque. O emedebista e a petista lideram as principais pesquisas divulgadas até o momento.

A deputada federal Camila Jara (PT-MS), filha de assentados do MST, enfrentará a sanha do agronegócio, bem representada por André Puccinelli (MDB), ex-governador sul-mato-grossense, na disputa pela prefeitura de Campo Grande (MS). A petista precisará do apoio de Lula para alavancar a sua candidatura, que nas primeiras pesquisas aparece entre as preferidas do eleitor.

Além de Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Porto Alegre e Campo Grande, o PT lançará candidato próprio em Belo Horizonte (MG), com a chapa encabeçada pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG); em Vitória (ES), com o deputado estadual João Coser (PT) à frente da candidatura; em Florianópolis (SC), o escolhido foi o ex-vereador Vanderlei Lela (PT); em Cuiabá (MT), os petistas serão representados pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT).

No nordeste, região onde Lula conseguiu a maior parte de seus votos em 2022, a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) disputará a prefeitura de Natal (RN); em Aracajú (SE), Candisse Carvalho, que é ex-repórter da TV Globo, será a candidata petista; o deputado federal Fábio Novo (PT) encabeçará a chapa do PT na disputa pelo governo de Teresina (PI).

A Prefeitura de Rio Branco (AC) será a única capital do Norte que o PT disputará. O nome escolhido pelo partido é o ex-prefeito Marcus Alexandre, que está no MDB, mas era filiado ao PT até agosto de 2023. Há uma negociação para que ele retorne às fileiras petistas para disputar a eleição.

Não-petistas

Em outras 13 capitais, o PT abrirá mão de liderar as chapas que disputarão as prefeituras e apoiará candidatos de partidos que integram a base do governo federal. Isso acontecerá em São Paulo, onde os petistas não terão uma candidatura própria pela primeira vez desde a redemocratização do país.

Na capital paulista, o PT indicou a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) para ser vice, na candidatura que será liderada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). Em São Paulo (SP), psolistas e petistas enfrentarão o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Há um conjunto de candidaturas apoiadas pelo PT de prefeitos que buscarão a reeleição com potencial de vitória e que são próximos do partido. É o caso do Rio de Janeiro (RJ), onde os petistas estarão no palanque do atual prefeito, Eduardo Paes (PSD).

Os prefeitos Geraldo Júnior (MDB), de Salvador (BA); João Campos (PSB), de Recife (PE); Eduardo Braide (PSB), de São Luis (MA); Edmílson Rodrigues (PSOL), de Belém (PA); estão no bloco de prefeitos que tentarão a reeleição e terão o apoio do PT em suas cidades.

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